Tuesday, September 22, 2009

Special: Understanding the Crisis in Honduras

Especial: Entendendo a crisis em Honduras

Graças à crise em Honduras e ao recente envolvimento do Brasil nela (leiam aqui a reação de Honduras após a volta do presidente deposto, José Manuel Zelaya, que se protege na embaixada brasileira), fica cada vez mais evidente o papel de Hugo Chavez como modelo político na região.

Para muitos latino-americanos, principalmente aqueles que não vivem de perto a revolução bolivariana, fica díficil entender o que realmente significa essa influência Chavista e assim o que se passa em países como Honduras. Há quem apóie e quem condene
Zelaya e o Brasil.

Para entender um pouco mais o que se passa lá, decidi pesquisar sobre o assunto. Achei que a matéria
"Eleito pela direita, Zelaya fez governo à esquerda em Honduras" do Estadão é um bom ponto de partida para entender o que atualmente está acontecendo.

Nela o jornal descreve a personalidade e trajetória do líder político que hoje faz parte das manchetes de jornal.

Também podemos encontrar dois links bastante utéis como mostro a seguir:

Entenda a origem da crise política em Honduras

Podcast:Professor da Unesp analisa Golpe de Estado em Honduras

Porém o que mais me chama a atenção é o título do artigo. O jornal explica este aqui:

"Apesar de suas credenciais de centro-direita, Zelaya se afastou de seus tradicionais aliados, entre eles os EUA. O hondurenho se aproximou cada vez mais de Hugo Chávez e outros países da 'esquerda bolivariana', como Equador, Bolívia e Nicarágua."

É talvez por causa deste tipo de engano cometido por políticos que dizem torcer para um time mas que vestem a camisa de outro, que hoje
vemos a situação escalar a este nível em Honduras. Afinal, aqueles que votaram em Zelaya não necessáriamente apoiavam tal filosofia bolivariana.

Ao continuar minha pesquisa me deparei com um blog de uma americana que mora em Honduras e achei muito útil. Ela expõe em um de seus posts a matéria do jornal americano The WashingtonPost, escrito pela próprio presidente interino Roberto Michelette.

Nele, este trata de justificar o que é "injustificável" na opinião de muitos.
Ou seja, defende o golpe de estado sem caracterizá-lo como tal.

Confiram:

Moving forward in Honduras, Washington Post

Por Roberto Micheletti
"The international community has wrongfully condemned the events of June 28 and mistakenly labeled our country as undemocratic. I must respectfully disagree. As the true story slowly emerges, there is a growing sense that what happened in Honduras that day was not without merit. On June 28, the Honduran Supreme Court issued an arrest warrant for Zelaya for his blatant violations of our constitution, which marked the end of his presidency. To this day, an overwhelming majority of Hondurans support the actions that ensured the respect of the rule of law in our country.

Underlying all the rhetoric about a military overthrow are facts. Simply put, coups do not leave civilians in control over the armed forces, as is the case in Honduras today. Neither do they allow the independent functioning of democratic institutions -- the courts, the attorney general's office, the electoral tribunal. Nor do they maintain a respect for the separation of powers. In Honduras, the judicial, legislative and executive branches are all fully functioning and led by civilian authorities.

Coups do not allow freedom of assembly, either. They do not guarantee freedom of the press, much less a respect for human rights. In Honduras, these freedoms remain intact and vibrant. And on Nov. 29 our country plans to hold the ultimate civic exercise of any democracy: a free and open presidential election."
Em português:

A comunidade internacional condenou erroneamente os acontecimentos de 28 de junho e rotulou nosso país como antidemocrático. Devo discordar respeitosamente. À medida que a história verdadeira lentamente emerge, cresce a sensação de que o que aconteceu em Honduras nesse dia não foi sem mérito. No dia 28 de junho, o Supremo Tribunal de Honduras emitiu um mandado de prisão para Zelaya por suas violações descaradas a nossa Constituição, marcando o fim de sua presidência. Até hoje, uma esmagadora maioria dos hondurenhos apóia as ações que garantem o respeito do Estado de Direito em nosso país.

Subjacente a toda a retórica sobre um golpe militar estão os fatos. Simplificando, os golpes não deixam os civis no controle sobre as forças armadas, como é o caso de Honduras hoje. Nem eles permitem o funcionamento independente das instituições democráticas - os tribunais, o escritório do procurador-geral, o tribunal eleitoral. Nem mantem um respeito pela separação de poderes. Em Honduras, o judiciário, legislativo e executivo estão todos em pleno funcionamento e conduzido por autoridades civis.

Golpes de Estado também não permitem a liberdade de assembleia. Eles não garantem a liberdade de imprensa, muito menos respeita os direitos humanos. Em Honduras, estas liberdades permanecem intactas e vibrantes. E em 29 de novembro nosso país, planeja realizar o exercício final de qualquer democracia: a eleição presidencial livre e aberto.


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1 comment:

  1. Sua teoria é 100% fantasiosa. O Brasil e o Lula não trabalha e nunca trabalhará com os EUA, isso é o principal diferencial da diplomacia brasileira moderna, se afastar dos EUA, representando a esperança dos que não tem voz nesse mundo. O mundo esta cansado dos EUA, o Brasil representa o alter ego do mundo nesses tempos. Comercialmente, o Brasil se afasta dos EUA e passa a se aproximar da Asia, America(excluindo os EUA), Europa, Africa e Oriente Médio. A moral dos EUA esta mais baixa do que a do Sarney por aqui. As gangues, violência, trafico de drogas, filmes de hollywood,fast food, guerras sem fim,uma overdose de produtos da americanização, esta fazendo com que a sociedade se redescubra e busca coisas que tem a ver com a sua cultura, que é originalmente harmoniosa. Os EUA mostram um momento de extrema fraqueza para o mundo.Esqueça os anos 80, o mundo mudou e deixou isso claro na escolha das Olimpíadas, separação total entre o Lula e o Obama, um em primeiro lugar e o outro posto em último. O mundo rejeita as ideias dos EUA, ainda consume seus produtos, mas eles já tem que vende-los com humildade. Tempos melhores estão a caminho. O mundo quer ser mais feliz.

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