tag:blogger.com,1999:blog-6861713526151378552024-03-13T12:41:27.068-07:00The LatamPost - Your source for Breaking News, Blogs and OpinionThe LatamPost is a collaborative news blog with breaking news and opinion that speak your language.LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.comBlogger39125tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-78266949730139460102010-08-01T08:31:00.000-07:002010-08-01T09:19:52.703-07:00Censura no Brasil: mera assombração?O artigo abaixo escrito por <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Danuza_Le%C3%A3o">Danusa Leão</a> descreve bem a questão de liberdade de expressão no Brasil. Na sua leve e bem humorada "<a href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/indices/inde01082010.htm">E pode, ligeiramente grávida?</a>" ela fala de um tema nada liviano para a nossa democracia.<br /><br />Afinal de contas, a liberdade de imprensa é uma daquelas coisas que não são fundamentais para uma sociedade livre. A revista Carta Capital com seu artigo "Censura: um fantasma apenas - Por que a liberdade de imprensa não está sob risco no Brasil" que traz detalhes importantes sobre o estado atual da imprensa no país APENAS ignora um ponto crucial na questão. E é esse ponto que realmente a jornalista trata tão simpáticamente na sua análise, nada simpática ao governo Lula. Ela diz, " <span style="font-weight: bold;">A censura está voltando e é como gravidez: nenhuma mulher pode estar mais ou menos grávid</span><span style="font-weight: bold;">a</span>".<br /><br />Nesse sentido, realmente "<a href="http://www.tribunatp.com.br/modules/news/article.php?storyid=6448">a censura no país não é apenas "um fantasma</a>", é?<br /><br />Detalhe, hoje faz um ano (366 dias, para ser mais exato) que o jornal o <a href="http://www.estadao.com.br/">Estado de São Paulo</a> sofre censura. Ele destaca isso na primeira página da versão online de seu jornal.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.estadao.com.br/"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 234px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/TFWXVKj0_WI/AAAAAAAAAIQ/kEC0-MhYcck/s320/Censura.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5500468909770603874" border="0" /></a><br /><br /><span style="font-weight: bold; font-style: italic;"></span><blockquote><span style="font-weight: bold;">"E pode, ligeiramente grávida?"</span><br /><span>Por Danuza Leão - Folha de São Paulo</span><br /><br /><span>"QUER DIZER QUE não se pode mais brincar com a figura dos candidatos? Não entendi bem: os programas humorísticos de rádio e televisão não podem, mas a imprensa escrita pode, ou também não pode?<br /><br />Mesmo aos que escrevem coisas sempre sérias acontece, um dia, de soltar sua veia humorística; a franga, como se diz. Uma frase, uma palavra, qualquer coisa que tenha ocorrido e que dê vontade de fazer uma brincadeira, mesmo sem dizer os nomes.<br /><br />Mas gostaria de saber, por exemplo: se eu disser que uma determinada candidata faz parte da tribo dos bichos-grilo, posso ir presa? E se escrever que um dos candidatos tem as olheiras mais sexy do país, irei para o tribunal, algemada? E se disser que uma outra candidata parece um sargentão autoritário, daqueles que dão medo, será que tenho que pedir asilo em alguma embaixada?<br /><br />A censura está voltando, gente, e censura é como gravidez: nenhuma mulher pode estar mais ou menos grávida. Ou está, ou não está. Com a censura, é igual: ela existe, ou não. Que saudades dos tempos em que o Brasil era uma democracia.<br /><br />Daqui a pouco vão dizer o que devemos e podemos comer, para ter uma vida saudável, e nunca terá havido, no mundo, um país com hábitos alimentares tão perfeitos. Lula tem certeza de ser Deus, e acha que, olhando nos olhos, pode mudar o universo. Se ele não fingisse que ignora os escândalos que acontecem em seu governo, já estaria mais do que bom, mas vamos nos preparando para dar ótimas risadas depois das eleições, com o "Casseta & Planeta", "Pânico na TV" e "CQC"; eles não vão deixar barato, a não ser que o humor seja definitivamente proibido no país - o que não é impossível, dependendo do resultado da eleição. Lula não sabe perder, e foi um papelão não ter ido ao encerramento da Copa. Se o Brasil tivesse ganho, seria ele o grande vencedor, e não quero nem pensar no que íamos ter que aturar.<br /><br />Por falar em futebol, é claro que deve haver ordem dentro de um estádio, mas não adianta fazer leis para regulamentar as torcidas, se não houver quem as faça serem cumpridas. Vai ser assim: se houver um tumulto a menos de 5 km do estádio, é crime, mas um tumulto a 8 km, tudo bem.<br /><br />Estão se metendo demais em nossas vidas; devagarzinho, de mansinho, vamos acabar monitorados, dentro de nossas próprias casas. Nem uma palmadinha se pode dar -sob as penas da lei. E fala sério: entre uma palmadinha no bum-bum, um lugar onde praticamente não se sente dor, e uma palavra raivosa ou um tapa, na hora da raiva, há uma enorme diferença.<br /><br />O Brasil corre o risco de se transformar em um imenso Big Brother, com câmeras de TV em cada cômodo de cada casa, espionando a relação entre pais e filhos -e eu acho que já ouvi falar disso. Não teria sido no livro "1984"?<br /><br />Se ainda estivesse na moda, seria o caso de fazer uma sonoterapia até o dia da eleição, para ignorar os desrespeitos que estão sendo feitos à legislação eleitoral, sem que nada aconteça. Os exemplos de falta de ética que estão sendo dados ao país vão durar por muitos e muitos anos, pois se o presidente faz, por que razão um garoto não vai poder fazer igual?<br />Esse é o pior legado que um governo pode deixar; e é o que a era Lula vai deixar.<br /><br />Oito anos é muito tempo."</span></blockquote><span style="font-style: italic;"></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-38876351954314163802010-01-18T15:18:00.001-08:002010-01-18T21:39:40.306-08:00An Inconvenient Truth: an honest approach to politics in Latin America<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold;">Uma verdade incoveniente: uma visão honesta sobre a política na América Latina.</span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div>Já ouviram falar desse documentário, "Uma Verdade Inconveniente"? Pois é, ajudou a propagar a ideia que o aquecimento global é uma ameaça real. Tanto mudou nossas percepções que hoje em dia nossa consciência "verde" em grande parte se deve ao esforço deste filme.</div><div><br /></div><img src="http://3.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/S1T3-in-MII/AAAAAAAAAIE/S4Wm2NS-UIg/s320/uma-verdade-inconveniente.jpg" style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 105px; height: 148px;" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5428236104706699394" border="0" /><div style="text-align: left;"><br /></div><div>É óbvio, no entanto, que houveram exageros no filme. A verdade em sí, é relativa. Há muitas coisas alí descritas que são impossíveis de medir. Mas na dúvida, e com o excesso de evidência do perigo de continuarmos no caminho à auto-destruição, achamos melhor prestar atenção. </div><div><br /></div><div>Assim como este filme, que representa uma conscientização global de um problema que concerne a todos nós, há também a conscientização daqueles que não acreditam nos efeitos da contaminação e papel do homem sobre a natureza. Vários argumentam sem razão, mas há vários que conseguem ser lúcidos em alguns pontos. Principalmente aqueles que questionam iniciativas renováveis que são inúteis.</div><div><br /></div><div>Na política, principalmente a latino-americana, não é diferente. Percebemos há muito tempo que há um problema grave e auto-destructor. A pobreza era uma ameaça à democracia. Houve, nos últimos anos, uma conscientização que levou as pessoas a votar por um sistema mais humanitário, mais social. Uma virada à esquerda.</div><div><br /></div><div>Porém, e como no caso do aquecimento global, há alguns fanáticos, os de direita, que se negam de qualquer maneira a ver a verdade. Mas há vários entre estes, principalmente os de "esquerda" que se dizem a favor de mudanças mas nada fazem. Se aproveitam para faturar em cima de temas tão importantes, se dizem preocupados com a pobreza, mas continuam a contribuir para que a desigualdade nunca acabe. É a cultura dos "renováveis", o "verde", mais que na verdade, não passa mais de que propaganda e se torna mais uma forma de gerar lucros. </div><div style="text-align: center;"><br /></div><div>Então, me pergunto. Com uma "esquerda" oportunista e até perigosa, como a vista na América Latina de hoje, que se aproveita desta verdade, para faturar e que atúa como direita, e com essa direita que faz de tudo em negar a auto-destruição, quem será que ganha? O planeta e nossas vidas continuam aguardando mais uma catástrofe, como a do Haiti, acontecer, mais uma vez.</div><div><br /></div><div>Até quando, iremos ignorar, ser indiferentes e continuar com essa guerrinha inútil de "direita" contra "esquerda"? Usando até de tragédias como a do Haiti para justificar horrorosas acusaçóes políticas? É inconveniente ver a dor alheia e ter que fazer algo por ela. É também inconveniente, ver somente o lado podre de cada lado e muito mais inconveniente é deixar de lutar para melhorar o problema maior em nosso continente: a injustiça social.</div><div><br /></div><div>Encontrar solução não é uma tarefa fácil, mas não é simplesmente dando de comer e beber aos pobres que iremos ajudar. Assim como no Haiti, onde algo deve ser feito para que suprir essas necessidades básicas primeiro, algo em concreto deve ser feito, não só pelo governo, mas pelas comunidades para melhorar de vez a situação no país.</div><div><br /></div><div>O use de pílulas anti-concepcionais, principalmente em áreas mais pobres, nas favelas, educação em todos os sentidos e mudança no comportamento das elites em relação às camadas mais humildes é parte da solução. Enquanto isso não acontecer, a corrupção que invade nossos países continuará a existir, a violência e o desemprego também. E o pior, a impunidade também.</div><div><br /></div><div>Nem mesmo o Chile, um dos países mais bem posicionados na América Latina, se escapa deste grande mal. É uma verdade inconveniente sim, mas devemos começar parando de ver as coisas com dois lados e começar a fazer algo concreto, com ou sem ajuda do governo.</div><div><br /></div><div>Apoiar atitudes como a de <a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u673580.shtml">Boris Casoy que recentemente demostrou preconceit</a><a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u673580.shtml">o</a> contra garis em nada contribue. Apoiar preconceito contra o mesmo, pior ainda. Todos erramos, mas nada justifica a atitude que teve. De fato, é por conta dela, e dela somente que a direita da elite é o que é, e a esquerda continua enganando o povo mais simples hoje. Pensem nisso.</div><div><br /></div><div>Se Martin Luther King existisse hoje sua mensagem continuaria a mesma: "A pergunta mais persistente e urgente que a vida nos faz é: o que você faz pelos outros?" Pois afinal de contas, como ele mesmo disse, "Injustiça em qualquer lugar, é uma ameaça a justiça em todo lugar" E esta sim, é a "verdade inconveniente"que assola nossa América Latina e mundo.</div><div><br /></div><div><img src="http://2.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/S1T2h0qY5QI/AAAAAAAAAH8/beO6QKD1z2E/s320/photo.jpg" style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 180px; height: 222px;" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5428234511820842242" border="0" /></div><div><br /></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial,sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;font-family:Georgia,serif;" ><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" style="border-style: none; border-width: 0pt;" height="16" width="150" /></a></span></b></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial,sans-serif;"><b><br /></b></span></div>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-24244776021479348902010-01-17T23:15:00.000-08:002010-01-18T15:13:29.870-08:00MLK Day: Reflections on Haiti and our reactions to the tragedy<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style=" font-weight: bold; font-size:large;">Dia de Martin Luther King: Reflexões sobre o Haiti e nossas reações à tragédia</span></div><br />Me contive em falar sobre a desgraça no Haiti aqui no blog por vários motivos. Preferi emitir <a href="http://twitter.com/brazilinyc">meus comentários pelo Twitter </a>nos últimos dias. Confesso que mesmo alí, cometi o erro vários vezes de "falar" com a emoção e nem sempre essa é uma boa ideia. Decidi esperar. Mas de nada serve, continuo a sentir a mesma indignação e a mesma reação que tive no começo. Pra mim esta tragédia é mais grave pelo descaso humano, que pelo resultado da própria natureza.<div><br />A tragédia em Angra, causada pelas chuvas fortes, no primeiro dia do ano, e logo após as enchentes que deixaram vários sem lar em São Paulo e outras regiões pelo Brasil afora, também me chocaram. Mas nada como o que vi, nem mesmo em Katrina, se compara ao nível de devastação visto no Haiti. É uma tragédia de proporções infinitamente maiores.<br /><br />No entanto, e apesar de que tragédias são todas iguais na sua natureza, seja pessoal ou coletiva, pois implica uma dor, sofrimento fora do comum, geralmente associado com a morte, seria impossível qualificar a tragédia do Haiti como mais uma tragédia. Não é.<div><div style="text-align: center;"><br /></div>Há vários assuntos que gostaria de tocar aqui. Pra falar a verdade, não sei bem por onde começar. Mas acho que entender isso já é um bom começo. Como comparar a destruição total de um país à de uma família, um bairro, ou até uma cidade apenas? Porto Príncipe foi a área mais afetada, mais é quase impossível qualificar o efeito que esta tragédia toda terá no país inteiro, na região e até no mundo.</div><div><br /><div><img src="http://4.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/S1TKl_82teI/AAAAAAAAAH0/O_jGXct2bWw/s320/Palace.jpg" style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 202px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5428186205058938338" /></div><div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-small;">Foto do AP. Destruição do Palácio do Haiti. </span></div><br />A questão não é comparar dores, mas pense bem 70,000 (que foi a última estatística que vi sobre o número de mortos) 100,000... 200,000 ou qualquer outro número é gente demais, não é? E os milhões que ficaram sem lar juntos aos milhares que estão feridos e que ainda hão de morrer por descaso? Um país que já tinha infra-estrutura frágil e ineficiente, agora completamente sem nada. </div><div><br /></div><div>Sem liderança, sem governo, sem polícia, sem hospitais, sem escolas, sem NADA!<br /><br />E o horror de ver pessoas enterradas vivas? Em ver pessoas morrerem após serem resgatadas por falta apenas de atendimento médico? Incrível ver a incapacidade de brasileiros em perceber este problema e chamá-lo como tal. Não me refiro a todos, claro, mas vi vários tentar usar a tragédia com Haiti como desculpa para discutir problemas político e se manifestar somente em relação à morte de quem rápidamente elevam a status de "santa", me refiro à Zilda Arns. Como se a vida dela fosse mais importante de que a morte de milhares de pessoas.<br /><br />Sim, ela foi uma pessoa de vida admirável, uma alma de luz, que se dedicou a ajudar outros. Porém, cabe a todos nós pensar exatamente porque nós não paramos para pensar no sofrimento alheio no dia-a-dia, como ela fazia. Qualquer tragédia, aquela de uma garoto abandonado em um orfanato, doente de AIDS, carente de carinho ou aquela outra de garotos de 8 a 11 anos cheirando craque nas ruas de São Paulo, roubando para poder sobreviver. Essas tragédias são todas partes do cotidiano de nosso país, não são? Eu sei disso, morei no Brasil.<br /><br />Claro, que graças a jornalistas como Gustavo Chacra, que escreve para o Estadão (Blog <a href="http://blog.estadao.com.br/blog/chacra/">De Beirut a Nova York</a>) ou repórteres como Rodrigo Alvarez, correspondente da Globo em Nova York, que se encontram no Haiti, podemos ver realmente a magnitude desta tragédia. </div><div><br /></div><div>(Vejam <a href="http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1448097-5602,00.html">aqui</a> a matéria excelente, e na íntegra, de Rodrigo no Haiti)<br /><br /><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/9Q-kmI4mmo0&hl=en_US&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/9Q-kmI4mmo0&hl=en_US&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="344" width="425"></embed></object><br /><br /><br />Pena que não todos os brasileiros pensem igual, não é? É uma vergonha que usem tamanha atrocidade para discutir questões políticas. Me parece que esta não é nem a hora nem o lugar e que ao invés de questionarem motivaçõs políticas, deveriam questionar a religião, a falta de humanidade da mesma e de sí mesmos ao deixar essas pequenas tragédias diárias ocorrerem.<br /><br />Afinal, tragédias acontecem todos os dias e ao escolhemos ser indiferente a elas até quando não há outra opção. Até quando algo desta magnitude acontece. Isso não deveria acontecer.</div><div><br /></div><div><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:large;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" style="border-top-width: 0pt; border-right-width: 0pt; border-bottom-width: 0pt; border-left-width: 0pt; border-top-style: none; border-right-style: none; border-bottom-style: none; border-left-style: none; border-color: initial; " /></a></span></div></div></div>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-58912611129243293502010-01-17T11:19:00.000-08:002010-01-17T13:23:11.302-08:00A strong race for Chile's presidency.<span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Um corrida acirrada pela presidência no Chile.</span><br /><br />As eleições do Chile hoje, marcam uma corrida disputada pelo primeiro lugar. A grande pergunta é, portanto, quem será o grande vencedor deste segundo turno?<br /><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/S1N0y-v7-7I/AAAAAAAAAHs/2JvTexUNeJ4/s1600-h/100115100347_pinerafrei466.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 180px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/S1N0y-v7-7I/AAAAAAAAAHs/2JvTexUNeJ4/s320/100115100347_pinerafrei466.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5427810395097922482" border="0" /></a> <span style="font-size:85%;">Foto: BBC Brasil. Todos os direitos reservados<br /><br /></span></div>De um lado temos o candidato da Concertação: Eduardo Frei, um ex-presidente (1994-2000) cujo partido está no poder há 20 anos; desde 1990 quando o país saiu da ditadura do General Augusto Pinochet. Seu partido de centro-esquerda, é o principal motivo de insatisfação dos chilenos que reclamam que seus membros usurpem privilégios há anos, ajudando a manter o <span style="font-style: italic;">status-quo </span>e a desigualdade política no país.<br /><br />De outro, temos o candidato da direita: Sebastián Piñera, empresário <a href="http://www.forbes.com/lists/2009/10/billionaires-2009-richest-people_Sebastian-Pinera_YLRC.html">muito bem sucedido</a>, que perdeu a eleição de 2006 para a presidenta atual do Chile, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Michelle_Bachelet">Michelle Bachelet</a>. Um homem de negócios, que conta com apoio das classes mais ricas, este candidato aparece agora como a única opção viável de mudança na estrutura política do país. Porém, sua associação com Pinochet no passado parece ser um dos grandes empecilhos, uma grande pedra em seu sapato, na sua caminhada rumo ao poder no Chile.<br /><br />Piñera obteve 44% no primeiro turno, dia 13 de dezembro. Já Frei ganhou 29.6%. Uma recente pesquisa revela que a diferença neste segundo turno, no entanto, é de aproximadamente 2%, considerando a margem de erro de 3%. Piñera teria 50.9 e Frei 49.1 por cento, de acordo com <a href="http://www.nytimes.com/reuters/2010/01/17/world/international-us-chile-election.html?_r=1&ref=americas">artigo de hoje da Reuters</a>.<br /><br /><a href="http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,otimismo-de-candidatos-marca-segundo-turno-no-chile,497166,0.htm">O clima é de otimismo</a> para os dois candidatos no Chile. O candidato Frei está confiante e já se <a href="http://www.terra.cl/actualidad/especiales/2009/elecciones/index.cfm?pagina=noticias&id_reg=1341750&titulo_url=Eduardo_Frei:_ma%F1ana_sere_presidente_de_todos_los_chilenos">declara ganhador</a>. Ele diz, "Amanhã serei presidente de todos os chilenos". Mas será?<br /><br />Devido a um terceiro candidato, o independente, Marco Enriquez-Ominami, mais conhecido como MEO, ter tomado uma parte importante dos votos no primeiro turno, apostando em mudanças mais drásticas na política e ao se dissociar com seu partido da Concertación, existe clima de tensão em relação a decisão final deste domigo.<br /><br />Este candidato obteve apoio crucial de vários eleitores, principalmente jovens porém, e apesar de ter superado as expectativas de votos, não foi suficiente para mobilizar mais intensamente a camada jovem da população, geralmente desinteressada com a política, para ação. No entanto, sua participação foi crucial e seu votos agora são um fator determinante no resultado final.<br /><br />O candidato Piñera, poderá beneficiar-se dos votos nulos e brancos (provenientes em grande parte dos eleitores que apoiavam MEO) já que este liderava no primeiro turno. Mas, lógicamente, boa parte dos votos de MEO e um outro candidato de esquerda, Jorge Arrate, irão ao candidato atual da Concertación, Eduardo Frei.<br /><br />Por isso, o segundo turno de hoje promete ser um dos mais concorridos e emocionantes nas eleições do Chile dos últimos tempos. Se de um lado ganhar Frei, o país continuará provavelmente sem grandes mudanças estruturais na política do partido mas continuará no caminho certo ao continuar a base social que Bachelet começou. Se de outro ganhar Piñera, mudanças na política serão inevitáveis, e provavelmente boas para o país, mas há incerteza que a base social criada por Bachelet terá a continuidade que necessita para ter sucesso.<br /><br />Porém, e e apesar de todas as possíveis diferenças entre os candidatos, a política econômica aparentemente não sofrerá grandes mudanças, de acordo com especialistas. Exatamente, no entanto, é impossível prever o que irá acontecer no terreno econômico, social ou político, mas qualquer que seja o presidente eleito hoje este deve levar em consideração as desigualdades sociais que ainda hoje assolam o país e buscar-se soluções que realmente levarão o país a sair da condição atual que vive: de terceiro mundo.<br /><br />Geralmente se elogia muito o Chile por vários motivos e com muita razão, mas o fato é que se não houver real diminuição da desigualdade qualquer avanço será mera ilusão e no fim o grande vencedor não será o povo, que é o que se espera desta ou qualquer outra eleição.<br /><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-680651967000447182009-12-30T10:50:00.000-08:002009-12-30T17:52:30.330-08:00Killing for love - Kidnapping for love - Sean Goldman's case. By Bernadete Holveri<span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;">Matar por amor - Sequestrar por amor - Caso Sean Goldman</span><span style="font-weight: bold;">. Por Bernadete Holveri</span></span><br /><br />Este artigo feito pela jornalista e roteirista Bernadete Holveri, pode ser encontrado no blog <a href="http://bsholveri.blogspot.com/2009/12/matar-por-amor-sequestrar-por-amor-caso.html">Bola do Tempo</a>, que foi publicado ontem.<br /><br />Posto a seguir um trecho do artigo e logo após sua tradução ao inglês.<br /><blockquote><span style="font-weight: bold;">No dia 30 de dezembro de 1976, Evandro Lins e Silva, então com 64 anos, Advogado, Jurista, ministro do Supremo Tribunal Federal de 1963 a 1969, ocupante da cadeira de nº 1 da Academia Brasileira de Letras, acabava de usar a expressão que assombrou muitas mulheres: “legítima defesa da honra”, na defesa de Doca Street, um playboy carioca que assassinou com 4 tiros Angela Diniz, na casa desta em Búzios. Dr. Lins e Silva conseguiu para Doca Street a pena de dois anos com “sursis”, ou seja, em liberdade. Ele provou ao juri que a culpa não era de Doca Street e sim da vítima por ser ela, nas palavras do Advogado e Jurista, uma - "</span><em style="font-weight: bold;">mulher fatal</em><span style="font-weight: bold;">",e este era Doca Street em suas palavras - "</span><em style="font-weight: bold;">Quando a boa índole do criminoso, o seu passado honesto, a qualidade moral e social dos motivos e a forma apenas violenta da execução do crime, seguida de manifestações de arrependimento ou de remorso, mostrarem que o mesmo crime - passional ou emotivo - foi um triste e doloroso episódio na vida normal do criminoso, não há razão para lhe ser aplicada alguma pena, ainda mesmo que não desonrosa. Toda repressão seria inútil e, como tal, iníqua.",</em><span style="font-weight: bold;"> ou seja, o homem pode “</span><em style="font-weight: bold;">matar por amor</em><span style="font-weight: bold;">”. (ver </span><a style="font-weight: bold;" href="http://tinyurl.com/yauk2et">http://tinyurl.com/yauk2et</a><span style="font-weight: bold;"> ) </span><span style="font-weight: bold;">(....)</span><br /></blockquote>Para ler o artigo na íntegra, clique <a href="http://bsholveri.blogspot.com/2009/12/matar-por-amor-sequestrar-por-amor-caso.html">aqui</a>. To read the full article in Portuguese, click <a href="http://bsholveri.blogspot.com/2009/12/matar-por-amor-sequestrar-por-amor-caso.html">here</a>.<br /><br />Em inglês (In English):<br /><div style="text-align: left;"><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"></span><blockquote><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">On December 30, 1976, Evandro Lins e Silva, then 64 years old, Lawyer, Jurist, Minister of the Supreme Court from 1963 to 1969, chair member number 1 of the Brazilian Academy of Literature, had just used the expression that haunted many women, "legitimate defense of honor", in defense of Dock Street, a playboy from Rio who murdered with 4 shots Angela Diniz, in her house in Búzios.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">Dr. Lins e Silva managed to get Dock Street a two year probation with "sursis ", that is, in freedom.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">He proved to the jury that the fault was not Dock's, but the victim because she was, in the words of lawyer and jurist, a - <em>"femme fatale",</em> and that Dock Street was, again, in his own words - <em>"When the good nature of the criminal, his honest past, the social and moral quality of motives and just the violent way of executing a crime, it is followed by expressions of regret or remorse, showing that the same crime - passionate or emotional - was a sad and painful episode in the normal life of the criminal, there is no reason to apply any punishment, even if dishonorable. Any prosecution would be futile and, as such, unjust. " in other words,</em> man can "<em>kill for love."</em></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left; font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);">(see <a href="http://translate.googleusercontent.com/translate_c?hl=en&ie=UTF-8&sl=pt&tl=en&u=http://tinyurl.com/yauk2et&prev=_t&rurl=translate.google.com&twu=1&usg=ALkJrhhGEN98zqiRG415qWouwAzlzqGJyA">http://tinyurl.com/yauk2et</a> )</span><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">Years later one of his descendants, João Paulo Lins e Silva, found the right to kidnap Sean Goldman, also for love.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">He was married to the boy's mother, who died, and basically took the son of his real father, the American David Goldman, and in a relationship very well known, the Stockholm syndrome, tried to make the boy call him father and wrote for all to see that it was he who was<span style="font-style: italic;"> in charge</span> of the boy.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"> View <a href="http://translate.googleusercontent.com/translate_c?hl=en&ie=UTF-8&sl=pt&tl=en&u=http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/dizventura/texto.asp&prev=_t&rurl=translate.google.com&twu=1&usg=ALkJrhhyfxahJ0HJoyIbGwtzlEQjWmQDCg">http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/dizventura/texto.asp</a> The real father, fighting in the American and Brazilian justice for those 4 ½ years, having to collect money for donations to be able to pay the court costs for he is a common American citizen, without inheritance from father or grandfather, to take his son back, suffered from missing his kid and was exposed by the Brazilian </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">colonized Media</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);">, especially in Rio, as a </span><span style="font-style: italic; font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);">vagabond, </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);">a scoundrel</span><span style="font-style: italic; font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);">.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"> Meanwhile Mr. Lins e Silva walk around in Búzios displaying David Goldman's son as his, because for a Lins e Silva, if you paid, is yours.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">To that lawyer, grandson of a minister of the Supreme Court, justice is in your hands.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"> He managed to divorce the wife without Goldman's knowledge.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">She was divorced in Brazil and not in the United States, and our justice gave him custody of the boy Sean Goldman.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"><br /><br /></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">He justifies himself: <em>"Immediately after the death of my beloved wife, I went to court to request the temporary custody of Sean, who has looked after by me and with whom I maintained a relationship father - son for over 4 years.</em></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"> <em>I received temporary custody of consent by the State Public Ministry in my favor.</em> "</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"><br /><br />Of course, the judges had all been students of his grandfather.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">A Brazilian court has acted this way for a long time.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">It is the great power in Brazil.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">They all bend their knees to the judiciary.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">We got to the point where the Supreme Court overturn the Press Law, making the free press in a month and keeping censorship to a leading newspaper in Brazil, in Sao Paulo, the following month.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">Until when we will allow this?</span><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">What shocked me most in Sean Goldman's case was the Media defending the husband's of the dead mother of the boy, even though the Hague Convention is to ensure that these cases do not happen, so that children are not kidnapped from their parents and their countries.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">The boy is American, born in the United States and was kept here for 4 ½ years without the father's consent because the boy's mother was a successful businesswoman in Rio, and married to a Lins e Silva.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">The press made a fool of itself in Sean Goldman's case.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">Turned public opinion against the boy's father because he's a regular guy and the husband of her dead mother is a wealthy 'carioca' (from Rio) well connected in the judiciary and grandson of a lawyer who considered Angela Diniz guilty for having been killed by Dock Street.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">The daughter of Angela Diniz, then 12, was the one who suffered most from the death of the mother.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">I imagine the anger she must have for the lawyer that <span style="font-style: italic;">acquitted</span> the murderer of his mother.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">Sean Goldman will grow and become a man.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">I wonder what he will feel to have been used by unscrupulous people without sense of justice.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">This is the Brazil we live in.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">It seems we are in the 19th century.</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">The ignorance here is what makes us think of patriotic </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">disaffection</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;">BSHolveri<br /><br /></span></span><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /><blockquote></blockquote></a></span></blockquote><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"></span></span></div><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"> </span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-91813978448013449612009-12-22T19:54:00.000-08:002009-12-24T07:47:33.158-08:00Christmas miracle: a father & son together, at last.<span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;">Milagre natalino: pai e filhos juntos enfim.<br /></span></span><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/SzOFfxj_SLI/AAAAAAAAAHg/mYtLuG4MmSw/s1600-h/attachment.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 318px; height: 313px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/SzOFfxj_SLI/AAAAAAAAAHg/mYtLuG4MmSw/s320/attachment.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5418821557583562930" border="0" /></a><span style="font-size:78%;">Foto do Jornal o Estado de São Paulo, 24 de dezembro de 2009. Facilitada por um membro do BringSeanHome.org site.</span><br /><br /><div style="text-align: left;"><span style="font-style: italic;">Actions speak louder than words.</span> Uma foto, com certeza, vale mais que mil palavras!<br /><br />Na imagem acima, você vê imagem de pai e filho embarcando junto. Enquanto o pai acena feliz, o filho o segue sem nenhuma evidência de conflito ou luta.<br /><br />Final Feliz! Feliz Natal!!!<br /><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span><br /></div></div>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-39396646049114144402009-12-18T15:09:00.001-08:002009-12-22T19:53:59.282-08:00Latest News on David Goldman's case in Brazil - O Globo Agency<a href="http://www.agenciaoglobo.com.br/"><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Últimas notícias sobre oo caso David Goldman no Brasil - Agência O Globo</span></a><br /><span style="font-weight: bold;"></span><blockquote><span style="font-weight: bold;">Família brasileira de Sean convida pai norte-americano para festa de Natal</span><br /><br />O advogado Sérgio Tostes, que representa Silvana Bianchi, avó materna do menino Sean, de 9 anos, que quer mantê-lo no país, disse hoje (18) que encaminhou uma carta ao pai biológico, o norte-americano David Goldman, convidando-o para passar o Natal com o filho e a família brasileira. Segundo Tostes, a decisão foi tomada após uma longa conversa com a família. A declaração foi dada em seu escritório, no Centro do Rio, ao lado de Silvana Bianchi.</blockquote>Em inglês:<br /><br /><span style="font-weight: bold;" id="result_box" class="long_text"><span style="background-color: rgb(255, 255, 255);" title="Família brasileira de Sean convida pai norte-americano para festa de Natal"><span>Family Brazilian Sean invites American father for Christmas party</span><br /><br /></span><span style="background-color: rgb(255, 255, 255);" title="O advogado Sérgio Tostes, que representa Silvana Bianchi, avó materna do menino Sean, de 9 anos, que quer mantê-lo no país, disse hoje (18) que encaminhou uma carta ao pai biológico, o norte-americano David Goldman, convidando-">Attorney Sergio Tostes, representing Silvana Bianchi, grandmother of Sean, age 9, who wants to keep it in the country, </span></span><span style="font-weight: bold;" id="result_box" class="long_text"><span style="background-color: rgb(255, 255, 255);" title="O advogado Sérgio Tostes, que representa Silvana Bianchi, avó materna do menino Sean, de 9 anos, que quer mantê-lo no país, disse hoje (18) que encaminhou uma carta ao pai biológico, o norte-americano David Goldman, convidando-"> </span></span><span style="font-weight: bold;" id="result_box" class="long_text"><span style="background-color: rgb(255, 255, 255);" title="O advogado Sérgio Tostes, que representa Silvana Bianchi, avó materna do menino Sean, de 9 anos, que quer mantê-lo no país, disse hoje (18) que encaminhou uma carta ao pai biológico, o norte-americano David Goldman, convidando-">said today</span></span><span style="font-weight: bold;" id="result_box" class="long_text"><span style="background-color: rgb(255, 255, 255);" title="O advogado Sérgio Tostes, que representa Silvana Bianchi, avó materna do menino Sean, de 9 anos, que quer mantê-lo no país, disse hoje (18) que encaminhou uma carta ao pai biológico, o norte-americano David Goldman, convidando-"> (the 18th) that sent a letter to the biological father,</span></span><span style="font-weight: bold;" id="result_box" class="long_text"><span style="background-color: rgb(255, 255, 255);" title="O advogado Sérgio Tostes, que representa Silvana Bianchi, avó materna do menino Sean, de 9 anos, que quer mantê-lo no país, disse hoje (18) que encaminhou uma carta ao pai biológico, o norte-americano David Goldman, convidando-"> </span></span><span style="font-weight: bold;" id="result_box" class="long_text"><span style="background-color: rgb(255, 255, 255);" title="O advogado Sérgio Tostes, que representa Silvana Bianchi, avó materna do menino Sean, de 9 anos, que quer mantê-lo no país, disse hoje (18) que encaminhou uma carta ao pai biológico, o norte-americano David Goldman, convidando-">the American David Goldman, inviting </span><span style="background-color: rgb(255, 255, 255);" title="o para passar o Natal com o filho ea família brasileira.">him to spend Christmas with his son and family in Brazil. </span><span style="background-color: rgb(255, 255, 255);" title="Segundo Tostes, a decisão foi tomada após uma longa conversa com a família.">According Tostes, the decision was taken after a long talk with the family. </span><span style="background-color: rgb(235, 239, 249);" title="A declaração foi dada em seu escritório, no Centro do Rio, ao lado de Silvana Bianchi.">The statement was given in his office in downtown Rio, alongside Silvana Bianchi.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;">FONTE: Agência O Globo</span><br /><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-60054181639963707732009-12-15T07:18:00.000-08:002009-12-15T11:07:07.271-08:00Chile: learning from the past, living in the present<span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Chile: aprendendo do passado, vivendo no presente</span><br /><br />O Chile é aquele país delgado na costa do Oceano Pacífico, já ouviu falar? Aquele país que o professor na aula de geografia vivia repetindo que é o único da América Latina que não tem fronteira como o Brasil. Então, esse mesmo... que deveria mais bem ter sido estudado na aula de história e políticia, aliás muito bem estudado!<br /><br />O Chile é um país rico em histórias; com passado dramático e profundo.<br /><br />Apesar de não ser mais novo de que nenhum outro país latino-americano, o Chile, que tornou-se independente da Espanha em 1818 por conta do Libertador, o General Bernardo O'Higgins, é um país de lutas, batalhas. O pai da pátria, como é mais conhecido O'Higgins, nasceu na cidade de Chillán, que talvez você conheça por ser um popular centro de ski para brasileiros e alguns europeus, e lutou a batalha da independência na cidade de Concepción.<br /><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.travelpod.com/photos/0/Chile/Chillan.html"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/Sye8ukKsZQI/AAAAAAAAAHY/TZsAYryS-kk/s320/worldtour.1135555260.chillan_009.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5415504585104844034" border="0" /></a><span style="font-weight: bold;font-size:85%;" >Foto do centro histórico de Chillán, memorial do Libertador Bernardo O'Higgins.<br /></span></div><br />Conheço as duas cidades muito bem. Quando primeiro cheguei ao Chile, em 1990, o país saia pela primeira vez da ditadura militar do General Pinochet e fui morar nessa minúscula cidade, Chillán. Meu pai e sua familia são dalí. Já Concepción, é cidade vizinha do porto de Talcahuano, lugar onde se travou muitas batalhas. Até hoje pode-se, por exemplo, ver o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Pac%C3%ADfico_%28s%C3%A9culo_XIX%29">navio Huáscar</a>, que representa a vitória na batalha naval onde o Chile derrotou o país vizinho, o Perú, geralmente motivo de orgulho no país. Concepción é a cidade de minha mãe e sua familia.<br /><br />Chillán, uma cidade de aproximadamente 253.000 habitantes , é cercada pela Cordilheira dos Andes. Concepción, a segunda maior cidade do Chile, depois da capital, Santiago, com uma população de cerca de 900.000, é próxima ao oceano Pacífico. A distância entre as cidades hoje em dia é mínima. Pode-se chegar de um extremo a outro, da cordilheira ao mar, em aproximadamente 2.5 horas.<br /><br />Um país de extremos, o Chile, tem de um lado desertos e no outro geleiras. O Norte, a região, árida possui um dos desertos mais cálidos do mundo com temperaturas de até 45º C durante o dia, que caem abruptamente à noite fazendo com que a diferença chegue a ser de até 50º! <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Deserto_do_Atacama">O deserto do Atacama</a> é maravilhoso e pessoas de todo o mundo o visitam pela sua grandiosidade. O Sul, a região que cerca a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%A1rtica_Chilena">Antártica</a>, é conhecidíssima por cientistas que dia trás dia observam e estudam o mundo, o planeta e o universo de lá. Mas o Chile é mais do que isso. Seus extremos não se encontram só na natureza. As pessoas são as mais amavéis e e fortes que já conheci.<br /><br />O país seja no Norte ou no Sul, no mar ou na cordilheira, já viveu muito em seus quase 200 anos de história desde sua independência. Tem muito para contar. Uma história de sangue, de lutas, de perdas e vitórias, contra seus vizinhos, contra sí mesmos. Este país não é singelo, seus habitantes embora desconhecidos pela grande maioria do mundo e, às vezes, até da América Latina, não são nada fragéis. Receberam como herança o melhor e pior do capitalismo. Vivem na pele a desigualdade e a suposta "estabilidade" financeira. E lutam com garra pela igualdade social desde sua emancipação.<br /><br />As marcas do passado estão em todas partes, nas pessoas, nas empresas, nos partidos políticos, nas ruas, mas também a nova geração vê-se por fim livre delas e não querem mais nada com o ele, com o passado. O país por fim solta-se das amarras da repressão, da censura e vive intensamente sua liberdade, tão desejada, tão verenciada. O Chile hoje dá valor ao que não tem. A liberdade é como o ar, que quando não se tem, te asfixia e os chilenos viveram quase asfixiados por anos.<br /><br />Me extendería muito se fosse explicar os motivos para a perda dessa liberdade. Mas posso dizer com certeza e apoio dos livros de história e provas reconhecidas pelo mundo afora que parte, grande parte, dessa perda se deve aos EUA. Mas também boa parte da perda ou ganho, talvez seja por conta de chilenos, como Pinochet, por exemplo. Nunca saberemos como seria o país de Allende, se o socialismo que ganhou nas eleições de 1970 e que levaram meus pais e muitos outros indivíduos, como Pablo Neruda, ao exílio e outros à morte, seria tão ou mais cruel quanto o de Cuba hoje, completamente isolado e limitado em liberdade. Ou se teria sido tão democrático quanto o que vimos recentemente no termo de Michelle Bachelet, uma socialista.<br /><br />É que o Chile, apesar de ser um dos melhores países em termos de estabilidade socio-econômica na América Latina, não é diferente de outros em termos de distribuição de riquezas. O Norte rico em mineiros sigue sendo explorado, pessoas continuam a ganhar bem abaixo da média em todo o país, a educação e outros benefícios socias como a saúde pública continuam ser questões que o mantém em posição de terceiro mundo.<br /><br />Mas há uma diferença. Uma grande diferença. E não é racial, como gostam de pensar os argentinos, que na grande maioria se distanciam da descrição de latino, por se identificarem com os europeus. A diferença é de atitude. Alí se respeita o passado, se aprende com ele. Os jovens hoje em dia o ignoram mas não por falta de conhecimento, mas por querer romper com o velho e abrir novos caminhos.<br /><br />Só assim para viver um presente pleno e consciente. Só assim pode-se ter não só esperança mas fé que o futuro será diferente. Se no passado estão os grandes conflitos, as grandes dores e lutas, os chilenos sabem que no presente se encontra a verdadeira alma do futuro: tentam evitar os erros, avançam com erros e acertos, mas sempre com os pés no chão, sem esquecer do passado que não lhes impede de abraçar o futuro repleto de novidades e diferenças.<br /><br />Minha experiência pessoal no Chile foi também marcada de importantes lições. Elas definem meu presente e me servem de guia. O sofrimento, a dor da "perda" e as adversidades da vida, eu conheci de perto quando lá vivi. No Chile aprendi. Aprendi bem mais do que jamais poderia ter pensado aprender. Por mim, nunca teria deixado o Brasil, meu país natal, mas se não tivesse sido pelo Chile, meu passado, a terra dos meus pais, nunca teria aprendido. É só através do passado que a gente pode realmente viver o presente e assim ter um futuro melhor.<br /><br />O Brasil precisa acordar para as lições do passado sem tirar os pés do presente. Precisa avançar e, de fato, avança, mas não pode ignorar que uma das mais grandes lições de seu passado: a liberdade não tem preço.<br /><br />Fonte da foto: Site do <a href="http://www.travelpod.com/photos/0/Chile/Chillan.html">TravelPod</a>.<br /><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a><br /><br /></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-85479873216250483542009-12-13T13:01:00.000-08:002009-12-13T13:51:33.953-08:00Pespectives: "Chile: Leading Candidates for Presidential Elections"<span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Chile: Os Candidatos às Eleições Presidenciais<br /></span><span style="font-size:100%;">Por Nike Jung, </span>Global Voice Online<br /><br />A caminho das <a href="http://es.wikipedia.org/wiki/Elecci%C3%B3n_presidencial_de_Chile_%282009%29">eleições presidenciais no Chile</a>, quatro candidatos lideram o primeiro turno das votações do dia 13 de dezembro: o candidato da Coalizão pela Mudança (<span style="font-style: italic;">Coalición por el Cambio</span>) Sebastián Piñera, o democrata-cristão Eduardo Frei da coalizão governista Concertação (<span style="font-style: italic;">Concertación</span>), o independente Marco Enríquez-Ominami e do partido de esquerda Juntos Podemos Mais (<span style="font-style: italic;">Juntos Podemos Más</span>), Jorge Arrate.<br /><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/SyVcdA-DXPI/AAAAAAAAAHI/usAQKDw1L4w/s1600-h/santiago.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/SyVcdA-DXPI/AAAAAAAAAHI/usAQKDw1L4w/s320/santiago.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5414835780529118450" border="0" /></a><span style="font-size:85%;">Foto das eleições de 2005 no Chile, por Alastair Rae. Usada sob uma licença Creative Commons: http://www.flickr.com/photos/merula/153178094/<br /></span></div><br />A atual presidenta Michelle Bachelet foi a primeira mulher eleita presidenta no Chile em 2006. De acordo à constituição ela não pode se candidatar à reeleição e ficar no poder por dois termos consecutivos. O candidato Eduardo Frei busca outro termo como presidente após ter ocupado o cargo de 1994 à 2000. Filho do ex-presidente Eduardo Frei Montalva (1964-1970) <a href="http://www.lanacion.cl/juez-acredito-el-asesinato-de-eduardo-frei-montalva/noticias/2009-12-08/005522.html">cujo assassinato tem sido recentemente tema de discussão</a>, Frei é apoiado pela coalizão atualmente no governo, que tem dominado a política chilena desde o fim da didatura de Pinochet em 1990.<br /><br /><a href="http://www.theclinic.cl/2009/12/07/%C2%BFa-quien-representa-frei/#more-12157">Para o blogueiro Juan Pablo Opazo </a>, é a experiência anterior de Frei no governo o que o faz questionar se o candidato é o mais adequado para lidar com as necessidades atuais do país:<br /><blockquote>no seu governo não houve progresso em nenhum dos temas que hoje são são necessários para ganhar mais votos. Seja com uniões civis entre homosexuais, a entrega e distribucição das pílulas do dia seguinte, aborto terapêutico, entre outros temas que ele nunca teria dado apoio se não fosse porque tinha baixa popularidade há quase uma semana antes das eleições.</blockquote>Embora a presidenta Bachelet apóie sua nominação, Frei, de 67 anos, continua sendo pouco popular entre los chilenos, que é geralmente atribuída à forte desilusão de muitos cidadãos com a Concertação e seu rumo neoliberal. Isto aumenta as chances dos concorrentes de Frei, principalmente Sebastián Piñera. O candidato de direita combina as forças do partido Renovação Nacional (<span style="font-style: italic;">Renovación Nacional</span>), RN, com as da União Democrata Independente, (<span style="font-style: italic;">Unión Demócrata Independiente</span>) UDI, onde muitos dos seguidores de Pinochet agora se encontram. É a segunda tentativa de Piñera em ganhar a presidência: en 2005, ele perdeu para Bachelet no segundo turno.<br /><br />Piñera é um dos homens mais ricos do Chile: recentemente<a href="http://www.forbes.com/lists/2009/10/billionaires-2009-richest-people_Sebastian-Pinera_YLRC.html"> a revista Forbes estimou sua fortuna em um bilhão de dólares</a>. Ele esteve envolvido em um escândalo com a empresa aérea chilena LAN, pela qual foi multado em $700,000 USD ao comprar ações da aérea enquanto possuía informação previlegiada sobre a mesma. De uma forma ou de outra, seus diversos assuntos de negócios são matéria de crítica, como Daniel Mansuy <a href="http://cuadernosdelaquincena.blogspot.com/2009/09/el-problema-de-pinera.html">descreve no seu blog Cadernos da quinzena (<span style="font-style: italic;">Cuadernos de la quincena</span>)</a>:<br /><br /><blockquote>O problema de Piñera é com ele mesmo: enquanto ele não for capaz de explicar quem ele é, será difícil confiarmos nele. Em outras palavras: já vi o Sebastián Piñera com a camiseta da UC [Universidade Católica do Chile] (quando foi a San Carlos), com a dos Wanderers (cuando tentou ser senador por Valparaíso) y com a do Colo Colo (já que é acionista): qual será o verdadeiro Sebastián Piñera?, em qual deles a gente acredita? Às vezes temos a sensação de que nem ele mesmo sabe muito bem.</blockquote><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/SyVczqfYhOI/AAAAAAAAAHQ/X-iE83uHGDs/s1600-h/voting2.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/SyVczqfYhOI/AAAAAAAAAHQ/X-iE83uHGDs/s320/voting2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5414836169631892706" border="0" /></a><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size:85%;">Foto de magoexperto. Usada sob uma licença Creative Commons: http://www.flickr.com/photos/magoexperto/2975945703/<br /></span></div><br />Na maioria dos temas de debate os candidatos apelam a assuntos de ordem moral: matrimônios do mesmo sexo, aborto (que é ilegal no Chile, mesmo em caso de estupro ou risco de vida para a mulher), pílulas de emergência e a legalização da maconha para uso terapêutico. Neste campo, quem tem vantagem é o candidato de 36 años Marco Enríquez-Ominami (conocido como MEO entre os chilenos), quem publicamente deixou a Concertação este ano e agora se candidata de forma independiente.<br /><br />A vantagem do MEO é sua juventude: filho de um importante líder de esquerda, percebe-se que ele fica à vontade falando sobre o direito dos homosexuais, mais que qualquer outro candidato mais velho. Tal como Piñera, dono de um canal de televisão: Chilevision, MEO é um candidato que conhece bem os meios de comunicação já que tem experiência como produtor e diretor de documentários. Ainda que o sistema eleitoral chileno tradicionalmente favoreça a estabilidade de dois partidos ou coalizões, o candidato independiente poderia ser um sério concorrente nas eleições.<br /><br />Em contraste ao <span style="font-style: italic;">fenómeno</span> MEO (”fenômeno”, como é conhecido popularmente), Jorge Arrate, candidato da esquerda extraparlamentária, tem poucas chances de ganhar. Atraiu certa atenção nos debates na televisão e Internet, mas apesar de seus bons discursos, até seus seguidores, como a blogueira Anai Le <a href="http://cucalamacara.blogspot.com/2009/11/esto-que-comenzo-como-un-menos-que.html">reconhecem que sua situação é difícil</a>:<br /><br /><blockquote>Ah, já esquecia, Arrate não tem nem uma chance sequer de ganhar.<br />Pra mim, isso lhe dá uma aura meio romântica; uma coisa de gladiador que vai à luta mesmo sabendo que vai morrer. Mas vai até o fim.</blockquote>O blogueiro Alejandro Lavquén <a href="http://alavquen.blogspot.com/2009/05/eleccion-presidencial-chile-2009.html">resume brevemente </a>outros candidatos con menos chances de continuar nesta primera parte das eleições:<br /><br />Pamela Jiles vem de um mundo político sério e comprometido, mas seus inimigos a associam com a indústria de entretenimento devido aos seus últimos trabalhos na televisão. Mesmo assim, ela seria uma alternativa confiável para os independentes. No caso de Eduardo Artés se trata de um dirigente de longa trajetória cuja doutrina é sólida. Héctor Vega Tapia é uma figura pública desconhecida, se comparado com os outros candidatos, mas seus esforços seriam suficientes para permitir que ficasse e o nome de sua campanha soa pelo menos significativo.<br /><br />A começos deste ano, <a href="http://www.lanacion.cl/prontus_noticias_v2/site/artic/20090328/pags/20090328002844.html">o governo propôs reformas à lei eleitoral chilena</a>, criada sob o régime Pinochet, que permitem mudar o sistema atual onde o registro eleitoral é voluntário, e uma vez que seja passado, votar será obrigatório. O jornal A Nação (<span style="font-style: italic;">La Nación</span>) <a href="http://www.lanacion.cl/elecciones-casi-200-mil-nuevos-inscritos/noticias/2009-09-14/095644.html">atualmente reporta 200,000 novos registrados</a> nos cadernos eleitorais.<br /><br />Para ler o original em inglês ou acessar em outros idiomas (espanhol e francês), clique <a href="http://globalvoicesonline.org/2009/12/11/chile-leading-candidates-for-presidential-elections/">aqui</a>.<br /><br /><span style="font-size:85%;">Traduzido por Simone Palma </span><br /><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-1529686107685075262009-12-02T14:19:00.000-08:002009-12-16T07:49:20.168-08:00David Goldman's story, in his own words.<span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;">A história de David Goldman, por ele mesmo.</span></span><br /><br />Muitos já ouviram a história desse pai, David Goldman, repetida uma e outra vez na mídia, seja ela americana ou brasileira, mas poucos desconhecem a história de milhares de pais e mães, e pior ainda, crianças, separados dia trás dia nos Estados Unidos e no mundo.<br /><br />Com este caso as pessoas estão conhecendo um problema que nos dias de hoje é cada vez mais comúm e problemático no mundo. Crianças raptadas por um membro de família que nem sempre se limita a fugir dentro do próprio território nacional, onde vivem, mas que são levadas a outros países onde nem sempre é possível ter intervenção judicial.<br /><br />Os pais que "ficam pra trás", abandonados, sem ao menos ter como recorrer à justiça, são muitas vezes, ameaçados a ficarem quietos ou correrem o risco de nunca mais verem seus filhos.<br /><br />A história de David Goldman e a luta para <a href="http://www.bringseanhome.org/">trazer seu filho Sean</a> para casa, virou símbolo de todas essas histórias. É dramática e, ao mesmo tempo, heróica pois é uma história de coragem. É através dela que descobrimos outros casos não só aqui nos EUA mas em todo o mundo.<br /><br />Esta história ocorre no Brasil, um país latino-americano, mas poderia bem ser em qualquer outro país do mundo. Saibam do caso nas palavras do próprio David Goldman, que tem vivido na pele a experiência e que ainda há de ajudar muitos outros pais no futuro a não ter que passar pelo mesmo aqui nos Estados Unidos e no resto do mundo:<br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;font-size:100%;" >Depoimento de David Goldman na Tom Lantos Commissão de Direitos Humanos em Washington D.C. - 2 de dezembro de 2009.</span><br /><br /><object width="400" height="300"><param name="allowfullscreen" value="true" /><param name="allowscriptaccess" value="always" /><param name="movie" value="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=8197559&server=vimeo.com&show_title=1&show_byline=1&show_portrait=0&color=&fullscreen=1" /><embed src="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=8197559&server=vimeo.com&show_title=1&show_byline=1&show_portrait=0&color=&fullscreen=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" width="400" height="300"></embed></object><p><a href="http://vimeo.com/8197559">David Goldman testifies before Congress</a> from <a href="http://vimeo.com/user588656">costavideo</a> on <a href="http://vimeo.com">Vimeo</a>.</p><br /><span style="font-weight: bold;font-size:85%;" >Vídeo feito por Costa Video Production. Fonte: BringSeanHome.org </span><br /><br /></div><blockquote>"Bom dia. Antes de começar o meu testemunho, gostaria de dividir com todos uma imagem que fica se repetindo na minha cabeça.<br /><br />Deputados (e deputadas) que aqui estão perante esta comissão hoje, antes de serem eleitos, deve ter acontecido alguma coisa que os levou a se comprometerem à sua posição.<span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;"> </span></span><span style="font-weight: bold;font-size:100%;" >Vocês imaginaram que poderiam fazer diferença</span><span style="font-size:100%;"><span style="font-weight: bold;">, vocês devem ter imaginado que poderiam mudar as coisas para melhor.</span> </span>Talvez por experiência pessoal ou por sua exposição a política, em algum lugar alguma coisa aconteceu que os incentivaram a concorrer ao seus cargos, com uma imagem que vocês poderiam e que, de fato, trariam mudanças.<br /><br />Agora <span style="font-size:100%;"><span style="font-weight: bold;">imaginem 66 crianças</span><span style="font-weight: bold;"> </span>americanas, </span>o que seria mais ou menos o número de alunos em quatro turmas de quarta série em escolas americanas. Uma dessas crianças poderia ser o seu filho, um parente ou filho de um amigo.<span style="font-size:100%;"> </span><span style="font-weight: bold;font-size:100%;" >Imaginem que essas crianças viajaram para o Brasil em uma excursão com duração de uma semana.</span><br /><br />Imaginem que a viagem acabou e que estão no ônibus a caminho do aeroporto, ansiosos para voltarem pra casa. O ônibus chega ao aeroporto e as crianças – todas as 66 – são proibidas de sair do ônibus. Os acompanhantes saem do ônibus, as professoras, o motorista, todos saem do ônibus, mas não as 4 turmas de 4ª série, todas crianças americanas. <span style="font-size:100%;"><span style="font-weight: bold;">Imagine o horror e a dor das crianças, sabendo que não vão voltar para sua Mãe ou Pai, irmãos, irmãs, primos, tias, tios, avós, amigos, para a casa que amam e onde vivem.</span> </span><span style="font-size:100%;"><span style="font-weight: bold;">Imagine, se puder, a dor e angústia daqueles que esperam pelo retorno de suas crianças.</span> </span>Um ônibus lotado de 66 crianças americanas proibidas de voltar sem razão nenhuma. Imagine agora mais um ônibus vazio, ao lado desse, esperando mais crianças americanas pra enchê-lo. E um a um estes assentos começam a ser preenchidos. Vocês tem a imagem na cabeça, só que a imagem é real<span style="font-size:100%;">. </span><span style="font-size:100%;"><span style="font-weight: bold;">Precisamos trazer nossos filhos pra casa. </span></span>As crianças, nossas crianças, meu filho precisa voltar pra casa. Precisamos da sua ajuda. Precisamos da sua ajuda.<br /><br />Bom dia e obrigado por esta oportunidade.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Meu nome é David Goldman. Nasci na Filadélfia, Pennsylvania. Em 1999 me casei com Bruna Bianchi Goldman, de dupla cidadania brasileira e italiana, e residente permanente dos EUA até a sua morte em agosto de 2008. Tivemos juntos um filho, Sean Richard Goldman, nascido em 25 de maio de 2000 em Red Bank, New Jersey.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Em junho de 2004, levei minha esposa Bruna, seus pais Raimundo e Silvana Ribeiro, junto com Sean ao Aeroporto Internacional de Newark para as férias planejadas que deveriam ser de 2 semanas. Durante este tempo, eu planejava a festa de 30 anos da minha mulher. Eu não tinha idéia de que, ao levar meu filho, minha esposa e seus pais ao aeroporto, seria a última vez que veria Bruna e que levaria mais quatro anos para ver meu filho, Sean, novamente.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Logo após sua chegada ao Brasil (minha mãe lembra que foi no Dia dos Pais) recebi uma ligação de Bruna. Ela começou a dizer que eu era um ótimo pai e um homem bom, que ela não tinha nenhum arrependimento em relação ao nosso relacionamento e de termos tido Sean juntos, mas que nosso caso de amor havia acabado e ela havia decidido viver no Brasil com nosso filho. Ela continuou a dizer que se eu quisesse ver meu filho de novo, que eu teria que ir ao Rio de Janeiro imediatamente e assinar um documento de 10 páginas que seu advogado havia redigido. Sem meu conhecimento, Bruna havia secretamente entrado com processo de custódia na Vara Estadual do RJ, e eu precisava ir ao Brasil para que fosse servido dos documentos. De acordo com Bruna, o documento continha várias exigências: Sean ficaria permanentemente no Brasil com Bruna e sua família. Eu tinha que abdicar do meu papel de pai de Sean e conceder custódia total a Bruna, nunca poderia ir à polícia americana e prestar queixa de sequestro, nunca poderia fazer pedido de custódia nas cortes americanas, não poderia entrar com pedido de divóricio nos EUA, e não poderia interferir com os seus planos de obter cidadania americana. Ela terminou me dizendo que se eu não acatasse todas as suas exigências, eu nunca mais veria o meu filho e que gastaria todo o meu dinheiro tentando fazê-lo.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Já que meu tempo é limitado, irei poupá-los de todos os detalhes da minha experiência imediatamente após o choque e o horror do que havia escutado de quem, naquela época eu pensava, era minha amada esposa. Literalmente levei anos para descobrir que suas ações eram nada mais do que parte de um sequestro bem planejado e executado.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Eu não sabia o que fazer. Fui criado em um lar amoroso, com pais que já eram casados há mais de 40 anos. Divórcio, separação e sequestro de crianças eram coisas desconhecidas para mim. Minha preocupação era apenas com o bem-estar do meu filho. Compreendi que para acatar as exigências que minha esposa havia feito e assinar os documentos que ela e seus advogados haviam preparado eu estaria abdicando de todo e qualquer direito que tenho em relação ao meu filho, e ele os dele, em relação a mim, seu pai. Procurei auxílio jurídico. Pesquisei sobre sequestro internacional de crianças, e me foi indicado o nome da Sra. Patricia Apy, especialista em sequestro familiar internacional de crianças. Nos encontramos para uma consulta em que fui informado que o Brasil era signatário da Convenção de Haia, um tratado internacional assinado por ambos Brasil e EUA, e outros 80 países no mundo inteiro. Fui informado de que o tratado é uma ferramenta para agilizar o retorno da criança que foi ilegalmente removida por um dos pais para longe do outro. Também fui informado que Brasil e EUA haviam assinado a Convenção de Haia pouco antes do sequestro do meu filho e que o meu seria um dos primeiros casos no Brasil.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Há 2 condições importantes que precisam ser atendidas para requerer o retorno imediato de uma criança perante a Convenção de Haia. A criança deve ter sido removida ilegalmente de um país signatário, sua “residência habitual”, para outro país signatário, e o “Pai Deixado para Trás” de quem a criança foi sequestrada deveria ter direito a custódia quando a remoção ou retenção aconteceu. Se ambas as condições forem atendidas, o retorno é obrigatório. A corte do país “sequestrador” apenas tem o poder de considerar outros fatores e recusar o retorno quando o pai deixado para trás espera mais de um ano para entrar com o processo, ou o pai/mãe sequestrador tem provas claras e convincentes de que o país onde a criança residia não é capaz de protegê-la de abuso ou negligência. A corte do país sequestrador é proibida de julgar qualquer disputa de custódia. A corte do país sequestrador é obrigada a retornar a criança dentro de um período de seise semanas para assegurar que a criança terá o mínimo possível de perturbação em sua vida.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Em meu caso, todas as condições necessárias para o imediato retorno de Sean aos EUA foram atendidas. As condições foram atendidas, reconhecidas e foram adicionadas aos processo na justiça brasileira. Dentro de 45 dias após a data prevista de Sean retornar das férias, a justiça americana decidiu que a remoção de Sean havia sido ilegal e que Bruna e seus pais teriam que devolve-lo. Quando Bruna recusou-se a fazê-lo, entrei imediatamente com um processo baseado na Convenção de Haia junto ao Departamento de Estado dos EUA. Bruna e seus pais contrataram advogados tanto em New Jersey como no Brasil para contrapor e atrasar a ordem final de custódia física total. Também tive que contratar advogados no Brasil para entrar com o processo de retorno já que a Autoridade Central do Brasil tinha recebido o pedido dois meses antes e nada tinha feito. Segundo o Gabinete de Assuntos Relativos a Crianças do Depto de Estado, se eu contratassse advogados particulares, eu poderia perder assistência da Autoridade Central. Eu continuava a ser submetido a obstáculos e atrasos no Brasil. Eventualmente, a justiça brasileira confirmou que a residência habitual de Sean era nos EUA e que ele havia sido removido e retido ilegalmente. Todavia, afirmaram que embora manter Sean no Brasil fosse uma violação da Convenção de Haia e das leis americanas, durante este ano em que as cortes brasileiras demoraram a julgar o meu caso devido a “atrasos estratégicos”, Sean já estaria “adaptado” com sua mãe no Brasil. A corte adicionou que o contato com a mãe é a coisa mais importante na vida de uma criança e que não iriam separar mãe e filho. Preciso enfatizar que segundo a lei do tratado, retornar uma criança à sua residência habitual não significa separar a criança do pai/mãe sequestrador, mas designa a corte que tem jurisdição – neste caso a corte superior de NJ – a decidir quaisquer decisões relativas à custódia.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Apesar de que todos os critérios sob a Convenção tenham sido atingidos para requerer o retorno imediato do meu filho, as autoridades e justiça do Brasil não ligaram. Não havia nenhuma base jurídica em nenhum dos dois países para suportar a decisão feita pelas autoridades brasileiras; era uma violação clara das obrigações do tratado. E durante este tempo os EUA honravam a sua parte neste tratado recíproco e continuavam a retornar crianças ao Brasil, enquanto que meu filho e um número crescente de crianças americanas vão sendo sequestradas para o Brasil e não mais retornam. Até hoje, nenhuma criança foi devolvida aos EUA por orderm da justiça brasileira. Mesmo assim, durante este tempo todo, nenhum aviso foi dado a pais em situação similar à minha, ou a advogados e juízes americanos que discutem custódia e arranjos de visitação. Que embora seja um “Parceiro do Tratado”, o Brasil estava simplesmente se recusando a aplicá-lo. Enquanto presto testemunho aqui hoje, o relatório oficial ao congresso, preparado pelo departamento de estado, ainda descreve o Brasil como “demonstrando padrões de não-cumprimento”, em vez de “não-cumprimento”.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Dentre outros, há três grandes defeitos na manipulação deste caso: a falha da autoridade central brasileira de imediatamente entrar com processo de retorno e vigorosamente apoiar o retorno de Sean; o sistema judicial brasileiro, que tratou o caso do sequestro como uma mera disputa de guarda; e ambos os governos insistirem que o caso moveu agilmente e dentro da lei internacional.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Obviamente, apelei à decisão da primeira corte, e durante todo o processo de apelação e mesmo com constante empenho de meus advogados nos EUA e Brasil para que conseguisse acesso a Sean, sob toda e qualquer circunstância, eu era constantemente rejeitado e decepcionado. Apesar de que nunca houve um processo de divórcio nos EUA, onde fomos casados, Bruna casou-se novamente com um advogado sem meu conhecimento. Seu novo sogro, também advogado no Brasil, foi descrito como um especialista em sequestro parental internacional. Ele dá palestras sobre manobras que um advogado esperto pode fazer no sistema judiciário para criar atrasos infinitos e manter uma criança abduzida no Brasil o maior tempo possível. Ele também pregou sobre o abuso psicológico que o pai/mãe sequestrador aflige à criança, e eu o cito “transformam a criança em um míssil de ataque, dirigido a ferir aquele a quem se culpa” (uma cópia destas palestras pode ser produzida).</span><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Compreendo que um país assinar a Convenção de Haia e aceitar sua adesão parece melhor do que ter usar uma solução potencial para o retorno de uma criança retirada/retida ilegalmente.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">No entanto, se não existe reciprocidade, e não há prestação de contas quando não há retorno de crianças, a situação dá esperanças a pais/mães americanos de acordo com um tratado que não passa de uma ilusão. Este é um tratado baseado em responsabilidade mútua e pode ser o tratado internacional mais importante baseado na boa vontade das nações participantes em reconhecer que maior do que diferenças sociais, religiosas e políticas está o supremo direito do relacionamento entre pai e filho para todos os seres humanos.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Meu caso estava pendente na Suprema Corte do Brasil quando, como a maioria já sabe, Bruna faleceu.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Apesar da grande perda que Sean sofreu, eu não tive a oportunidade de confortar meu filho, nem fui informado da morte de Bruna por aqueles que retém Sean. Descobri apenas quando uma pessoa próxima de mim leu um artigo na internet e me enviou. Pensando que esta longa e dolorosa jornada estava prestes a acabar, viajei imediatamente para o Brasil com a avó de Sean, minha mãe, para estender os pêsames à família de Bruna e, mais importante, confortar Sean. Após vários telefonemas não atendidos e tentativas de contatar a família de Bruna, meus advogados entraram em contato com os advogados de Bruna pedindo mais uma vez que Sean e eu fossemos reunidos e começar o processo de seu retorno aos EUA. Foi então que descobrimos que o novo marido de Bruna havia entrado com dois processos em segredo: um na vara estadual do RJ solicitando que o meu nome e o nome dos meus pais fosse retirado da certidão de nascimento de Sean, e que ele fosse nomeado pai de Sean, Simultaneamente, ele entrou com processos na Suprema Corte, onde o caso original estava pendente, no nome de Bruna, sem revelar sua morte à Corte. Fui então comunicado que teríamos que adicionar o nome do marido de Bruna ao processo e começar tudo da estaca zero. Isso já faz mais de um ano.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Em fevereiro eu finalmente pude ver o meu filho pela primeira vez em mais de quatro anos, após múltiplas ordens judiciais e apesar dos obstáculos ainda criados por aqueles que mantém meu filho consigo. Apesar de todos os obstáculos, nosso encontro foi maravilhoso. Meu filho e eu tínhamos a proximidade e amor que eu não me dei ao luxo de ter esperança que tivéssemos. Nosso reencontro foi tertemunhado pelo deputado Chris Smith, a oficial da embaixada americana Marie Damour, e oficial consular Karen Gustafson de Andrade. O reencontro também foi testemunhado pelos sequestradores que, em retorno, intensificaram seus esforços na tortura psicológica do meu filho.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Finalmente, no dia 1 de junho deste ano, a justiça federal do Brasil ordenou o retorno imediato de Sean. Entretanto, não estou mais perto de ter meu filho comigo. Seu retorno foi bloqueado por um processo orquestrado para prevenir que a ordem fosse executada, oriundo de um partido político que se opõe à Convenção. Fui submetido a mais de 20 manobras judiciais após o julgamento, para continuar a atrasar o processo o obstruir a aplicação do tratado. Mais pérfido, enquanto o desespero deles aumenta, meu filho, Sean, foi submetido a intensa pressão psicológica por seus sequestradores. Incluindo o transporte de meu indefeso filho de 9 anos a uma instituição mental para que pudessem examiná-lo, em vídeo, solicitando uma afirmação de que ele contesta retornar aos EUA. Sou otimista e grato que a nossa mídia regional e nacional, cuja atenção neste caso difundiu o problema de sequestro internacional para todo lugar, se recusou a mostrar estes vídeos. Enquanto que as autoridades brasileiras fizeram o mesmo, Sean continua refém, em custódia de seus sequestradores, ainda longe de retornar aos EUA e sujeito ao que o juiz federal, três psicólogas enviadas pela corte e o Ministério Público descreveu como “abuso psicológico”.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Bruna faleceu em 23 de agosto de 2008. Agora faz mais de cinco anos desde o sequestro de Sean, e mais de um ano desde que Bruna morreu e ainda assim, um homem que não tem nenhum vínculo de sangue com o meu filho, um homem que a justiça brasileira chamou de segundo sequestrador, bloqueia o retorno do meu filho. Neste tempo todo meu filho e eu continuamos vivendo milhares de milhas de distância. Meus pais – avós de Sean, suas tias e primos em New Jersey – todos que amam Sean e desesperadamente aguardam o seu retorno – acabamos de concluir nosso sexto jantar de Ação de Graças com um assento vazio esperando que Sean o preenchesse.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Não consigo expressar a minha gratidão com o privilégio de agradecer, pessoalmente, todos aqueles que já fizeram coisas extraordinárias por mim e Sean. A manifestação de apoio dos cidadãos americanos e brasileiros, bem como cidadãos de outros países, me faz lembrar que eu não estou sozinho, enquanto meu filho e eu encaramos este inferno. Agradeço aos diplomatas americanos que discretamente mas persistentemente durante os últimos 5 anos usaram seus parcos recursos para ajudar no retorno de Sean. Aos seus colegas, deputado Chris Smith, quem me ajudou com suporte constante e continua pessoalmente dedicado a lutar contra sequestro parental internacional, para onde for, e para o meu deputado Rush Holt, que continua insistindo em manter meu caso à frente do congresso, pedindo urgência. Há no momento legislação sendo introduzida a este grupo que é incrivelmente importante, não só para mim, mas para os pais de outras 65 crianças americanas retidas no Brasil e milhares retidas em outros países. Para o empenho de tanto a secretária de estado Hillary Clinton como o presidente Obama, que sei que mencionaram o assunto com seus homólogos, somente posso expressar minha gratidão. Entretanto, fico decepcionado quando vejo que promessas e garantias feitas para este grupo, e para a nossa secretária de estado e ao nosso presidente, pelo Brasil, aparentemente são vazias e 66 crianças americanas continuam no Brasil, incluindo Sean, em violação da lei internacional e que aparentemente que não haja consequências por essa violação de obrigações do tratado, e que não haja que o governo dos EUA possa fazer para proteger seus cidadão deste roubo de crianças, as mais vulneráveis dentre nós.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Rezo que minha tragédia pessoal termine logo e para que meu filho Sean e eu possamos logo reconhecer e amar um ao outro como pai e filho como fizemos por 4 anos antes do sequestro. Rezo que o congresso americano não apenas convoque audiências sobre esta tragédia, mas que se junte em esforço bi-partidário para passar leis que garantam que o governo americano tenha as ferramentas necessárias para que as crianças retornem imediatamente como o afirma o tratado e que outros países entendam que há sérias consequências ao recusar o retorno destas crianças. Não poderemos ficar tentando recuperar os anos perdidos, mas podemos ter esperança que poderemos desfrutar dos próximos anos. Meu filho Sean ainda é um jovem menino e poderá sarar. Poderemos sarar juntos, mas primeiro ele tem que voltar pra casa. Eu apelo e peço a todos vocês, no mais básico nível de decência humana, para respeitar a santidade da relação pai-filho. Por favor, tomem uma providência; para fazer diferença, para trazer mudanças, para trazer nossos filhos pra casa.<br /><br />Obrigado."</span></blockquote>Para ler o depoimento original em inglês clique <a href="http://chrissmith.house.gov/UploadedFiles/David_Goldman_testimony.pdf">aqui</a>. <span style="font-style: italic;">To read the original testimony click</span><a style="font-style: italic;" href="http://chrissmith.house.gov/UploadedFiles/David_Goldman_testimony.pdf"> here.</a><br /><br />Para assistir a última entrevista de David Goldman na CNN, vídeo em inglês:<br /><br /><object classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" id="ep" height="374" width="416"><param name="allowfullscreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><param name="wmode" value="transparent"><param name="movie" value="http://i.cdn.turner.com/cnn/.element/apps/cvp/3.0/swf/cnn_416x234_embed.swf?context=embed&videoId=world/2009/12/07/tsr.goldman.interview.cnn"><param name="bgcolor" value="#000000"><embed src="http://i.cdn.turner.com/cnn/.element/apps/cvp/3.0/swf/cnn_416x234_embed.swf?context=embed&videoId=world/2009/12/07/tsr.goldman.interview.cnn" type="application/x-shockwave-flash" bgcolor="#000000" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" wmode="transparent" height="374" width="416"></embed></object><br /><br /><span style="font-weight: bold;font-size:85%;" >Tradução do texto por LukieD. Fonte: </span><span style="font-weight: bold;font-size:85%;" ><a href="http://bringseanhome.org/">BringSeanHome.org</a>. </span><span style="font-weight: bold;font-size:85%;" >Vídeo feito por Costa Video Productions. </span><br /><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-65262247246045642522009-11-27T23:19:00.000-08:002009-11-29T15:08:26.850-08:00Opinion of the Week: "Condemned to Prosperity"<span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;">Opinião da Semana: "Condenado à prosperidade" </span><span style="font-weight: bold;"><br /><br /></span></span>Como prometido, no meu <a href="http://latampost.blogspot.com/2009/11/opinion-of-week-brazil-takes-off.html">primeiro post </a>sobre o reporte especial da revista inglesa, <span style="font-style: italic;">The Economist</span>, volto a escrever sobre o assunto. Só que desta vez pretendo aprofundar-me na análise de um dos artigos que compõem as 14 páginas da reportagem.<br /><br />Entitulado <span style="font-style: italic;">"</span><a style="font-style: italic;" href="http://www.economist.com/specialreports/displaystory.cfm?story_id=14829525">Condemned to Prosperity</a><span style="font-style: italic;">"</span> o artigo me fez lembrar da Part I do livro "<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/As_veias_abertas_da_Am%C3%A9rica_Latina">As veias abertas da América Latina</a>" do uruguaio Eduardo Galeano pois o mesmo faz referência às riquezas latino-americanas.<br /><br />Na matéria a revista diz:<br /><blockquote>Não muitos países levam o nome de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Commodity"><span>commodities</span></a>. Tem a Argentina, que provem da palavra em latim que significa <span style="font-size:130%;">prata</span>; Costa do Marfim, que serve de lembrete que as riquezas naturais nem sempre levam à prosperidade; Panamá e Uruguai, cujos nomes podem ter origem de palavras índigenas para <span style="font-size:130%;">peixe</span>; e também o Brasil, que ficou famoso pele sua madeira, o <span style="font-size:130%;">pau-brasi</span>l, fonte de uma valiosa tintura. O Brasil já passou por vários <span style="font-style: italic;">booms</span>: o dos<span style="font-size:130%;"> metais preciosos </span>no século XVII, <span style="font-size:130%;">açúcar </span>no XVIII e <span style="font-size:130%;">café</span> no XIX. Mesmo assim nenhum beneficiou mais o país tanto como o atual.<br /></blockquote>No caso, a revista se refere à grande descoberta de petróleo na costa do país feita pela Petrobras em 2007, que tem, desde então, gerado muito entusiasmo. Mas apropriadamente a revista nos lembra que "é fácil esquecer que o Brasil já é de fato o maior exportador de café, açúcar, frango, carne e suco de laranja". Não só isso, mas também menciona a liderança do Brasil na comercialização de soja e minérios de ferro, assim como outros minérios e metais.<br /><br />Vejo que a situação do Brasil, como país de commodities, assim como na grande maioria dos países da América Latina, não tem mudado muito desde que o escritor Galeano notara em seu livro escrito em 1970 que a região continua sendo um provedor de matérias-primas para os países ricos. Nada novo baixo o sol, pelo visto.<br /><br />É que, apesar de tanta riqueza, ainda continuamos a viver na pobreza. O artigo em questão, retrata apenas dois problemas que enfrenta esse setor lucrativo, mas aponta que o Brasil já superou certos obstáculos que o puseram no centro da economia global. Um deles, "o aprimoramento do sistema financeiro" que deu passo à "maior estabilidade econômica que permitiram às empresas investir sem medo" e o outro o aumento na demanda de commodities à nível global, pelo qual vários países incluindo o Chile tem sido beneficiados.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Os problemas</span><br /><br />Um deles é, ainda, o da reforma agrária, quem tem direito à terra. A matéria cita o MST e tenta explicar a complexidade da instituição ao mencionar a diversidade de seus membros, sendo que alguns são associados à assassinos e outros verdadeiros líderes em inovação e justiça social. A outra questão ainda em relação à distribuição da terra se relaciona à Amazônia, lugar onde vários preferem o desmatamento para a apropriação de terras.<br /><br />O outro grave problema, que gostaria de discutir em mais detalhe é o problema de infraestrutura. Se bem é certo que nenhum brasileiro precisa ser mais uma vez lembrado dos problemas nas rodovias, etc. vale a pena destacar uns trechos do artigo em relação a esse problema.<br /><br /><blockquote><div style="text-align: right;"><span style="font-weight: bold;">Estradas perdidas</span><br /></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/SxHxc2vQGlI/AAAAAAAAAHA/ZaIERb87GKc/s1600/4609SR6.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 320px; height: 190px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/SxHxc2vQGlI/AAAAAAAAAHA/ZaIERb87GKc/s320/4609SR6.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5409370105481009746" border="0" /></a><br /><div style="text-align: center;"><br /></div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Um segundo problema que segura os produtores de commodities é a infraestrutura desigual no Brasil. Depois de examinar muitos dados, a Comissão de Crescimento do Banco Mundial concluiu que, com objetivo de continuar crescendo rápido, os países em desenvolvimento devem investir ao redor de 25% do seu PIB, dos quais 7% devem ir para infraestrutura.<br /><br /></blockquote>Mas, por íncrivel que pareça, em 2007, no mesmo ano da descoberta de petróleo, o país investiu apenas 0.1% do PIB na melhora do transporte, segundo a revista. Ela diz que enquanto algumas empresas, como a Vale, por exemplo, não sofrem com esse problema, pois possui sua própria malha ferroviária, o país continua a usar como principal meio de transporte às rodovias.<br /><br /><blockquote>No momento em que as mercadorias são carregadas em caminhões, tudo fica mais devagar. Os caminhões do Brasil tem em média, 14 anos de idade. Seus para-choques são normalmente adornados com letras de grande altura declarando que o motorista depositou sua fé em Deus, o que é considerada boa coisa, devido ao estado das estradas e algumas das ultrapassagens que faz com o caminhão.</blockquote>Mas o problema não para aí. O problema com a infraestrutura é bem mais complexo. A matéria, contudo, enxerga o problema como um freio ao aumento da exportação dessas matérias-primas. Ela falha em notar, por exemplo, a violência e as mortes nas estradas do Brasil. Ela não parece importar-se muito com isso. Afinal, o que interessa é como a riqueza natural do Brasil chega ao mercado internacional.<br /><br />Mas, como já mencionei em outro artigo, a revista não tem, ou não teve, como intenção expor os profundos problemas administrativos do governo brasileiro. Mas, dá pinceladas, oferece aqui e acolá menções das falhas e acertos da administração atual. "Mas mesmo quando o governo federais e estaduais estão por tras de projetos de infraestrutura e o dinheiro foi alocado, frequentemente nada acontece", diz a revista.<br /><br />Problemas como esse são comúns, muito comúns no Brasil. Acredito que o pior de todos os problemas é na política, aquela que vem desde cima para baixo, do governo aos cidadãos. A iniciativa tem que ser geral, vir de todos os níveis. No Brasil é común o pensamento do "é cada um por sí", o aproveitamento das riquezas naturais, o que chamam commodities, é a apropriação do dinheiro público é um dos grandes males do país.<br /><br />Quer dizer que o Brasil, assim com a maioria dos países da América Latina, estão condenados à riqueza e o risco de não saber gerenciá-lo. A floresta amazônica, as grandes extensões de terra já disponíveis para a agricultura e a recente descoberta do petróleo são os grandes desafios do Brasil. Como fazer com que a descoberta do pré-sal não se torne um suicidio ambiental? Como fazer com que a ganância e o roubo que atualmente permeiam o país não transformem tal riqueza em maldição?<br /><br />A desmatamento da floresta amazônica, a extração de mineiras e as mortes que dela provem é descrita na revista. Infelizmente esse é o caminho errado tomado uma e outra vez pelos governantes e outros envolvido no negócio de commodities.<br /><br />Sem uma análise detalhada da situação política no Brasil, em junção à situação econômica, a revista perde a chance de fazer a diferença. É que por causa do roubo e manipulação atual de nossas riquezas que não só os cidadãos comuns mas empresários e todos saimos perdendo.<br /><br />A história tão bem descrita no livro de Galeano continua a soar certa ainda hoje e continuará no futuro próximo da América Latina.<br /><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-57374317815688283202009-11-27T00:06:00.000-08:002009-11-27T23:18:53.583-08:00Special: Latin America voices in Copenhagen<span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;">Especial: Vozes latino-americanas em Copenhagen </span></span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/Sw-YRXj2ciI/AAAAAAAAAG4/mcIXXfkg2PQ/s1600/091105164749_lula226afp.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 135px; height: 171px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/Sw-YRXj2ciI/AAAAAAAAAG4/mcIXXfkg2PQ/s320/091105164749_lula226afp.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5408709101644837410" border="0" /></a><span style="font-weight: bold;">Lula, a Amazônia e os países ocidentais. </span><br /><br />Ao me deparar com o artigo <span style="font-style: italic;">"</span><a style="font-style: italic;" href="http://www.nytimes.com/2009/11/27/world/americas/27amazon.html?_r=1&ref=americas">Brazil Seeks West's Aid on Amazon</a><span style="font-style: italic;">"</span> do <span style="font-style: italic;">Associated Pres</span><span style="font-style: italic;">s, </span>encontrado no <span style="font-style: italic;">NYTimes</span>, minha primeira reação foi postá-lo no <span style="font-style: italic;">Twitter </span>e publicar a versão em português aqui. Como não existia, fiz eu mesma a tradução, confiram:<br /><br /><blockquote><span id="result_box" class="long_text"><span title="Brazil Seeks West’s Aid on Amazon"><span style="font-weight: bold;"><br />"Brasil busca auxílio do Ocidente na Amazônia"</span><br /></span><span title="President Luiz Inácio Lula da Silva of Brazil said Thursday that rich Western nations should pay deforestation in the Amazon rain forest because those countries have caused much more past environmental destruction than the local loggers and farmers."><br />O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que os países ocidentais deveriam pagar pela prevenção do desmatamento na floresta amazônica pois esses países têm causado muito mais destruição ambiental no passado do que os madeireiros e agricultores locais.<br /><br /></span><span title="Mr. da Silva made the comments just before a conference on the Amazon in which delegates signed a declaration calling for financial help from the industrial world to halt deforestation.">Lula fez estas declarações momentos antes de começar a conferência sobre a Amazônia, na qual delegados assinaram uma declaração pedindo ajuda financeira ao mundo industrial para deter o desmatamento.<br /><br /></span><span title="He said he did not want rich nations “asking us to let an Amazon resident die of hunger under a tree.”">Ele disse que não queria que as nações ricas "nos pedissem para deixar um residente da Amazônia morrer de fome debaixo de uma árvore."<br /><br /></span><span title="“We want to preserve, but they will have to pay the price for this preservation because we never destroyed our forest like they mowed theirs down a century ago.”">"Queremos preservar, mas eles vão ter que pagar o preço por essa preservação, porque nós nunca destruímos nossa florestas como eles destruíram as suas, há um século atrás."<br /><br /></span><span title="Mr. da Silva called the meeting to form a unified position on deforestation and climate change for seven Amazon nations before the Copenhagen meeting.">Lula convocou a reunião para formar uma posição unificada sobre o desmatamento e a mudança climática com as sete nações da Amazônia antes que a reunião de Copenhague começasse. </span><span title="But only two leaders attended.">Mas apenas dois líderes das mesmas participaram.</span></span></blockquote>Opinião:<br /><br />Parece-me que o Brasil já possui suficientes riquezas e que não precisa mais ficar justificando atrocidades sendo cometidas contra a natureza, como é o descaso com a floresta amazônica. Querer que países ocidentais paguem o preço pela preservação de patrimônio brasileiro, quando estes enfrentam desafios ainda mais sufocantes no âmbito ambiental, é com certeza uma má ideia.<br /><br />De fato, é uma péssima ideia. Afinal, a floresta amazônica já é considerada patrimônio mundial e por essa mesma razão, caso o pedido de Lula fosse um dia vir a se realizar, 'vendê-la' aos países que, como ele mesmo disse (e com razão), já destruíram muito o planeta, seria mais uma oportunidade para acabar com mais uma riqueza natural e afetar ainda mais o nosso frágil meio-ambiente.<br /><br />Além do mais, que eu saiba, não tem ninguém mais passando fome no Brasil. Se tiver, então há algo de errado com seu programa social que diz ter erradicado a pobreza extrema.<br /><br />Mas, o presidente do Brasil passa uma mensagem importante para o mundo, ao lembrar que a obrigação de preservação e a responsabilidade pela destruição devem ser compartidas, mas não deve-se esquecer que deve liderar com exemplo. Até agora não tenho razão nenhuma para acreditar que o Brasil irá comprometerse na meta proposta, pois o governo atual não tem poder de palavra. Cumpre só o que parece ser conveniente, conveniente à sua candidatura, para manter o roubo político, o estado de absoluto caos, em que a maioria dos países do continente latino-americano vivem.<br /><br />Por isso, aconselho àqueles que estejam por aí ouvindo essa mensagem a que sejam bem cautos em alabar ou criticar as palavras do presidente brasileiro e seu governo. E para não dizerem que sou contra o governo atual e a favor do anterior, a mensagem continuará a mesma independente do resultado das eleições em 2010, 2014, etc.<br /><br />Nosso planeta merece mais comprometimento das nações, das empresas, de todos nós. O aquecimento global é um assunto sério. Agora não é a hora de comprovar ou não teorias, achar culpados, é hora de corregir ações que já sabemos contribuem para a poluição. Precisamos elevar nossa qualidade de vida, já possuimos tecnologia e conhecimento para isso.<br /><br />Especial: O blog será atualizado com notícias e opinião sobre a presença dos países latino-americanos na Conferência sobre o Clima realizado pela ONU em Copenhagen.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">UPDATE 11.278.09: O comentário de Lula aparentemente não foi divulgado pela mídia brasileira, com exceção do artigo "</span><span style="font-weight: bold;" class="status-body"><span class="entry-content"><a href="http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4123866-EI7896,00-Gringos+terao+que+bancar+preservacao+da+Amazonia+diz+Lula.html">Gringos terão que bancar preservação da Amazônia, diz Lula</a>" </span></span><span style="font-weight: bold;">publicado no Terra Notícias Online. </span><br /><br /><span style="font-size:78%;">Fonte: The New York Times, The Associated Press e foto da BBC Brasil.</span><br /><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-70666331001128926942009-11-25T21:49:00.000-08:002009-11-27T22:28:00.540-08:00A day to say "thanks", my thoughts on Thanksgiving<span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;">Um dia para dizer "obrigado", reflexões sobre o Dia de Ação de Graças e seu significado</span><br /></span><br />Para quem não sabe, nesta quinta-feira dia 26 de novembro se celebrará o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos. Um dia qualquer na maior parte do mundo, mas não assim para os americanos que vêem esse dia como um dos mais importantes do ano.<br /><br />É um dia simbólico na cultura americana e como um bom feriado não falta, é claro, muita comida, principalmente o amigo <span style="font-style: italic;">Turkey</span>, as famosas tortas de maçã e <span style="font-style: italic;">apple ciders</span>. O dia é festivo. Tanto que em Nova York costuma-se celebrar o Thanksgiving com a parada feita por uma das lojas mais famosas no mundo, a Macy's. Mas tirando essa celebração, onde milhares de pessoas, principalmente crianças, acordam cedo e enfrentam o frio típico da época inundando as ruas da cidade para ver o desfile, as ruas ficam desertas, os negócios fechados. É como o nosso Natal, assim é o Thanksgiving americano.<br /><br />[Aliás, por falar nisso, estou postando as fotos do evento, o primeiro que assisto nos meus quase 10 anos de América. Foi legal porque pude assistir VIP pois enquanto todos estavam na rua, estava bem aquecida e tranquila com meus amigos assitindo tudo do conforto de um edíficio de luxo na frente à avenida!]<br /><br /><div style="width: 400px; text-align: right;"><embed src="http://static.pbsrc.com/flash/rss_slideshow.swf" flashvars="rssFeed=http%3A%2F%2Ffeed762.photobucket.com%2Falbums%2Fxx266%2Flatinwriter%2FThanksgiving%2520Parade%2Ffeed.rss" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" height="360" width="400"></embed><a href="http://photobucket.com/redirect/album?showShareLB=1" target="_blank"><img src="http://pic.pbsrc.com/share/icons/embed/btn_geturs.gif" style="border: medium none ;" /></a><a href="http://s762.photobucket.com/albums/xx266/latinwriter/Thanksgiving%20Parade/" target="_blank"><img src="http://pic.pbsrc.com/share/icons/embed/btn_viewall.gif" style="border: medium none ;" /></a></div><br /><br />Aparentemente os únicos que não aderem à celebração são, como sempre, os imigrantes, e também os famosos <span style="font-style: italic;">delis</span>, mercadinhos locais, os únicos lugares comerciais que se encontram abertos no feriado. Para nós imigrantes é difícil a identificação com o feriado.<br /><br />Quis entender, participar e por isso com o passar dos anos me uni a outros americanos na celebração. Mesmo assim não podia sentir de perto o significado desse dia. Os anos foram passando, no entanto, e comecei a perceber o real valor do dia ao entender que a grande moral é dizer, simplesmente, "obrigado"! É que ao dar as graças pelo que se tem, sem ter aquela cobrança típica de época natalina, que a gente aprende a realmente dar valor à esta data.<br /><br />Não sei se faz sentido ou não, mas é raro que nós, como seres humanos que somos, estejamos satisfeitos com o que temos. Sempre queremos mais, é uma insatisfação que bem pode ser sadia pois alimenta nosso desejo de superação que geralmente traz progresso, ou bem pode ser negativa, lenvando-nos à depressão, o grande mal deste século.<br /><br />Pense bem, dedicar um dia inteiro somente a se sentir grato pelo que se tem, é uma maneira de viver o momento, de estar E ser feliz com a vida.<br /><br />É verdade que vários cometem suicídio em um feriado como este. Assim como no Natal e Ano Novo, várias pessoas encontram mais um motivo para estarem tristes seja por se sentirem sós, seja por não poderem evitar a infelicidade. Mas o Dia de Ações de Graças é a data perfeita para a celebração da vida. Pra mim, esse dia é sinônimo de felicidade, verdadeira paz, pois não há obrigação de agradar, somente o desejo de estar grato.<br /><br />Esse sentimento de gratitude é muito poderoso e positivo. Os americanos, talvez por sua origem na maior parte evangélica, tem uma relação diferente com o dinheiro. Há extremos. Há o excesso de consumismo, o afã de chegar no topo custe o que custar, mas também há o outro lado. A sensação que a prosperidade é parte essencial do ser humano, sem aquele sentimento de culpa que nós latino-americanos bem conhecemos.<br /><br />Por isso nesta data, quero somente dizer "obrigado" por tudo que tenho de bom, por ter saúde, meus pais vivos, um emprego, um lugar agradável onde morar, ter podido chegar onde cheguei, apesar de todas as dificuldades encontradas no caminho. Há motivos de sobra para estar de mal com a vida mas esse dia nos faz lembrar que há também motivos de sobra para não estar.<br /><br />Termino de escrever este texto no dia posterior ao dia de ação de graças, o <span style="font-style: italic;">Black Friday</span>. Pena que após um dia tão especial, siga-se um tão comercial, enfim, nada é 100% perfeito.<br /><br />Logo vem o Natal para lembrar-nos que TEMOS QUE comprar presentes, TEMOS QUE estar com a familia, e para essa ocasião nada melhor do que lembrar de fazer comprar na Macy's... não é a toa que ano trás ano, são eles os responsáveis pela <span style="font-style: italic;">Thanksgiving Parade</span>, que não por acaso acaba sempre com o desfile do Papai Noel carregando um saco de presentes. Fazer o quê, né?<br /><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-33550164832719720312009-11-16T08:40:00.000-08:002009-11-27T13:10:49.316-08:00Campaign: Say NO to censorship in Brazil<a href="http://www.petitiononline.com/cpj1/petition.html"><span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;">Campanha: Diga não à censura no Brasil</span></span></a><br /><br /><a href="http://www.prosaepolitica.com.br/2009/11/17/folha-de-sao-paulo-juiz-de-mt-proibe-opiniao-de-blogueiros-contra-deputado/"><span style="font-size:130%;"></span></a><span style="font-size:130%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 148px; height: 141px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/SwIdXxLR-gI/AAAAAAAAAGw/MC5Y92LAqHQ/s320/securedownload-150x142.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5404914796972866050" border="0" /></a></span>Neste fim-de-semana fiquei sabendo de mais um ato de censura no Brasil.<br />Por isso, decidi iniciar a campanha online: <a style="font-weight: bold;" href="http://www.petitiononline.com/cpj1/petition.html">Diga não à censura no Brasil</a>.<br /><br />A intenção é coletar o máximo de assinaturas possivéis e enviá-las ao nosso governo e organizações internacionais, como o <a href="http://www.cpj.org/americas/brazil/">Comitê de Proteção à Jornalistas</a>.<br /><br />Vemos no Brasil um aumento nos casos de censura, uma verdadeira ameaça não só à imprensa, mas à nossa democracia. O que todos estes casos tem em comúm, é que se encontram sob censura após reportarem sobre alguém no governo que é investigado por denúncias de corrupção.<br /><br />Na maioria dos casos o ataque, ou processo, é feito contra jornalistas independentes, através de seus blogs, mas também existe o caso, no caso, nada insignificante, da <a href="http://www.estadao.com.br/pages/especiais/sobcensura/"><span style="font-weight: bold;">censura feita ao jornal o "Estado de São Paulo"</span></a>, já comentado nesse blog em várias ocasiões.<br /><br />Pois bem, este novo ato de censura é, mais uma vez, significativo. Desta vez, trata-se do blog "<a style="font-weight: bold;" href="http://www.prosaepolitica.com.br/">Prosa e Política</a>", da jornalista Adriana Vandoni. Este foi processado após divulgar informação disponível públicamente, ou seja, nem sequer, foi por interferir em investigação vigente sobre pessoa política, que 'sofre' acusações de corrupção.<br /><br />Outros blogs como "<a style="font-weight: bold;" href="http://www.novacorja.org/">A Nova Corja</a>" foram obrigados a sair do ar devido à semelhantes processos, onde a intenção é intimidar e assustar. Assim como no caso do Estadão, a Nova Corja, e o caso recente do blog de Adriana, a <a style="font-weight: bold;" href="http://www.alcinea.com/sem-categoria/ta-na-revista-epoca">jornalista Alcinéia Cavalcante</a><span style="font-weight: bold;"> </span>através de seu <a style="font-weight: bold;" href="http://www.alcinea.com/">blog</a>, viu como principal meio de ataque altíssimas multas, que provêm (irônicamente) daquela entidade que se supõe deveria defender os direitos de seus cidadãos: a <span style="font-style: italic;">Justiça</span> brasileira!<br /><br />Alcinéia diz dever mais de R$2 milhões em processo levantado pelo atual presidente do Senado (é, ele mesmo, o próprio, "Excelentíssimo Imortal" Sarney) e um dos jornais mais bem estabelecidos do país, o Estadão, recebeu censura, ou seja foi proibido, de divulgar informações sob o risco de ter que pagar uma multa de mais de R$150 mil no caso onde (nada mais, nada menos) o jornal reportava a investigação pela qual o filho de Sarney encontra-se envolvido.<br /><br />O caso do blog "A Nova Corja", não é diferente. Mas o que difere é que o processo foi em parte levantado por jornalistas. Acreditem, se quiser! Por isso há muitos que dizem defender certas formas de censura. Como se censura fosse algo que pudesse ser, de alguma forma, aceitável. Alguns, reclamam, sem nenhum tipo de lógica, que processos são justificados, por protegerem contra difamação. Esquecem-se, porém, que figura pública, não possue os mesmos direitos de simples cidadãos.<br /><br />Políticos, devem satisfação, assim como os jornalistas, à nós, o público, a quem servem. Por isso, tais processos onde usam a excusa de difamação são, na minha visão, incabivéis.<br /><br />Enfim, todos esses casos e outros ainda por se revelar, demostram o retrocesso que nosso país vem sofrendo em termos democráticos. Em um país onde jornais e blogs são punidos deste jeito, não nos resta mais do que nos unir e apoiar nossa imprensa (ainda que imperfeita) em defender nossos direitos de livre expressão e uma imprensa livre, claramente descritos na constituição.<br /><br />De outra forma, iremos continuar vendo casos como esse, não teremos conhecimento do que os políticos fazem com nosso dinheiro e, principalmente, não teremos chance nenhuma como cidadãos comúns que somos de nos expressar abertamente em nossa sociedade.<br /><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-32959309697764975282009-11-15T21:01:00.000-08:002009-11-15T23:22:07.679-08:00"The Foreigner" in Brazil: when reality meets art<span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;">"O Estrangeiro" no Brasil: quando realidade e arte se encontram</span></span><br /><br />Com motivo da celebração do ano da França no Brasil, o espetáculo "<a href="http://www.youtube.com/watch?v=w5Dg5neeyx0">O Estrangeiro</a>" dos brasileiros Otávio e Gustavo Pandolfo, mais conhecidos como "<a href="http://www.lost.art.br/osgemeos_02_74.htm">Os gêmeos</a>", e o grupo francês "Plasticiens Volants", presenteou nos dias 12 e 13 de novembro a cidade de São Paulo com arte.<br /><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.youtube.com/watch?v=w5Dg5neeyx0"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 290px; height: 217px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/SwDiuEzg6GI/AAAAAAAAAGo/d-7q56j6ux4/s320/fotoreporter%2820%29.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5404568834036263010" border="0" /></a><span style="font-size:85%;">Foto: Alexandre Urch</span><br /><br /></div>O boneco gigante, o estrangeiro, revela o que é ser humano no mundo. Impulsionado por marionetes, este <a href="http://www.youtube.com/watch?v=uSuR9JTl7eY&feature=related">aprende a andar</a> com elas e em seu caminho vai se deparando com outras figuras, uma mosca, uma serpente e um pássaro, que vão lhe ensinando a viver a vida: como ser independente, <a href="http://www.youtube.com/watch?v=U9pSc289Nu4&feature=related">lidar com o perigo</a> e, finalmente, <a href="http://www.youtube.com/watch?v=DF5bzxkVG6E&feature=related">a alçar vôo.</a><br /><br />Impressionante as impressões dos que assistiram o show, que dizem sentir-se transportados a uma outra realidade. É que, apesar do show ser uma representação da situação humana, o show também surpreende ao mostrar o encontro da arte se com a realidade, transformando-a.<br /><br />Leiam o post e vídeo feito por um brasileiro que foi visitar o show <a href="http://www.camiseteria.com/profileblogpost.aspx?usr=marcosduarte&bid=20480">aqui</a>.<br /><br />Termino este post com este vídeo sobre os artistas. E atenção: o vídeo foi feito em holandês, mas não há necessidade de tradução.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">A linguagem da arte é universal!</span><br /><br /><object height="340" width="400"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/gEriizSRP4U&hl=en_US&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/gEriizSRP4U&hl=en_US&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="340" width="400"></embed></object><span style="font-size:130%;"><br /><br /><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-2100741947676300372009-11-14T19:43:00.000-08:002009-11-15T00:25:25.514-08:00Opinion of the Week: "Brazil takes off" - Special Report, from The Economist magazine.<span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;">Opinião da Semana: "Brasil decola" - Reporte Special da revista </span><span style="font-style: italic; font-weight: bold;">"The Economist</span><span style="font-weight: bold;">".</span></span><br /><br />Então, li o famoso artigo na revista "<span style="font-style: italic;">The</span> <span style="font-style: italic;">Economist"</span> e também vi as 14 páginas da reportagem sobre nosso querido Brasil, que na opinião deles é maior história de sucesso na América Latina.<br /><br />Vou ser sincera, não li tudo ainda, mas o suficiente. Como já faz dois dias que não escrevo no blog, sinto a necessidade de escrever sobre o assunto. Por isso, ainda que incompleta, esta análise pretende somente ser o começo de minha resposta sobre o artigo.<br /><br />Começo repetindo alguns dos comentários que deixei no Twitter após ler a versão online do artigo. Para os que ainda não leram o artigo, <a href="http://www.economist.com/displayStory.cfm?story_id=14845197">aqui</a> está o link da história tirado direto da fonte. Vale a pena ler o original em inglês, os <a href="http://www.economist.com/node/14845197/comments">comentários</a> são <span style="font-style: italic;">priceless</span>!<br /><br />[Falando em preço... acho um absurdo o preço da revista no Brasil. R$24.90? <span style="font-style: italic;">Really?</span> Esse não é o valor de um livro no Brasil? Aqui a mesma custa apenas $6.99. Para ver os dois artigos publicados em português sobre a matéria da revista americana, clique <a href="http://www.estadao.com.br/noticias/economia,economist-dedica-capa-a-decolagem-da-economia-brasileira,465482,0.htm">aqui</a> e <a href="http://www.estadao.com.br/noticias/economia,brasil-decola-e-pode-ser-a-5-economia-diz-economist,465559,0.htm">aqui</a>]<br /><br />Enfim, voltando às minhas primeiras impressões do artigo. Bem feito, este artigo não se assemelha a muitos que vejo por aí (escritos pela própria revista) sobre a América Latina que são <span style="font-style: italic;">clueless</span>, ou seja, não tem noção. O artigo realmente faz justiça à reputação da revista. No entanto, há muitas coisas alí que são questionáveis.<br /><br />Por exemplo, a revista diz:<br /><blockquote>"And, in some ways, Brazil outclasses the other BRICs. <span style="font-weight: bold;"><span style="font-size:130%;">Unlike China, it is a democracy.</span> </span>Unlike India, it has no insurgents, no ethnic and religious conflicts nor hostile neighbours. <span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Unlike Russia</span>, it exports more than oil and arms, and <span style="font-weight: bold;"><span style="font-size:130%;">treats foreign investors with respect</span>. </span>Under the presidency of Luiz Inácio Lula da Silva, a former trade-union leader born in poverty, its government has moved to reduce the searing inequalities that have long disfigured it. Indeed, when it comes to<span style="font-size:130%;"> </span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >smart social policy</span><span style="font-size:130%;"> </span>and boosting consumption at home, the developing world has much more to learn from Brazil than from China."</blockquote>Vejo alguns problemas aí. A revista diz nele que o Brasil em algumas maneiras supera os outros países que compõem o BRIC. Em muitos aspectos tem razão. Mas onde vejo grandes pontos de interrogação é quando afirmam que somos uma democracia, que tratamos os investidores com respeito e quando elogia nosso atual política social.<br /><br />Primeiro, claro que somos democracia, e não comunismo, como na China, no sentido técnico da palavra. Mas não sei, não. Não fica muito claro pra mim como pode o Brasil ser um país democrático se nele há tanta desigualdade e injustiça, mantida através da manipulação e roubo constante de seus governantes e elite dominante que apóia a censura e manipula os votos com projetos sociais. Mas, enfim, deixemos para discutir esse assunto mais tarde.<br /><br />Continuando, o segundo ponto, é que dizem que o Brasil trata os investidores com respeito e elogiam a <span style="font-style: italic;">smart</span>, esperta, política social. A revista reconhece em outro parágrafo de seu artigo que há muitos problemas no Brasil, principalmente com corrupção. Li a conclusão do reporte, e lá a revista se justifica dizendo que não fala mais sobre esse assunto pois afinal é uma revista de economia. Tem razão, não tem obrigação de tocar no assunto. Porém...<br /><br />De fato, a revista não é sobre política, nem deve ser, e não é que eles ignorem na sua reportagem o lado político, mas que subestimam grandemente a questão. E com isso, a capacidade de nosso povo em dar a volta por cima. "Huh? Do que você está falando?", vocês devem estar se perguntando. Logo mais vou tentar explicar a relação, mas por enquanto quero voltar ao que a revista diz no parágrafo acima.<br /><br />A revista, como mais um meio de comunicação, usa de sua reputação e prestígio, mesmo que muitas vezes desmerecido, para promover ideias. A economia não é assunto qualquer. É assunto díficil, complexo e não é pra qualquer um. Mas tomar decisões econômicamente acertadas em um país mudam o destino das pessoas. É de interesse de todos.<br /><br />Por isso, o <span style="font-style: italic;">The Economist</span>, não perde a oportunidade para incluir no meio de sua séria e excelente análise, frases como essas que são duvidosas. Sim, porque apesar de ser verdade, é uma verdade mascarada de intenções não tão óbvias para a maioria que as lê. Quando diz que o Brasil trata os investidores com respeito, é também uma forma de reforçar os <span style="font-style: italic;">forecasts </span>que eles e outras agências de <span style="font-style: italic;">rating </span>já fazem. Assim, se trata de uma <span style="font-style: italic;">self-fulfilling prophecy.</span> <span style="font-weight: bold;">Não é uma profecia que se cumpre por casualidade mas por causalidade.</span><br /><br />É muito conveniente para eles demostrar entusiasmo com o fato que o Brasil tem os braços abertos aos investidores estrangeiros. Claro. Não sou contra o investimento estrangeiro, e confesso que pouco sei sobre os efeitos de uma ou otra política econômica. Nunca tomei sequer uma aula de economia, mas basta-me ler notícias sobre a situação econômica das empresas nos EUA diariamente e ver o colapso causado pelo abuso das mesmas sobre o governo para sentir muito medo dessa relação, que parece-me mais ser um romance, entre o Brasil e os EUA.<br /><br />Claro que os inverstidores estrangeiros e o governo do Brasil facilita o cortejo, a paquera. Existem múltiplos benefícios; a maioria deles, econômicos. E se alguém se pergunta de onde veio tanto "interesse", para "influenciar" o Comitê Olimpico e a opinião mídiatica internacional vista recentemente na propagação de notícias sobre o sucesso brasileiro, não é díficil imaginar de onde, né? O Brasil segue sendo o mesmo que sempre foi, só que agora ele é financeiramente atrativo.<br /><br />Não são só as empresas e empresários estrangeiros e investidores que estão faturando a mil no Brasil. A <span style="font-style: italic;">smart policy</span>, ou política esperta, aliás, espertíssima, de nosso governo atual, que se diz de esquerda, é realmente de se louvar. Conseguiu melhorar a reputação do país dentro do país e fora dele pois ao tirar indivíduos da extrema pobreza, ele também conseguiu elevar o nível de "classe média", uma grande massa de individuos que vivia na pobreza. Agora, estes vivem, não na pobreza, mas na ilusão de uma vida melhor. O poder de crédito que estes recebem e a grande capacidade de enriquecer não somente os bancos, mas as indústrias de consumo são realmente motivos para qualquer economista elogiar. É realmente uma "benção".<br /><br />Realmente não há nada de errado nisso. Afinal, se a economia se fortalece com o consumo, supostamente, também se fortalece nossa situação individual. No entanto, a própria revista, em seu reporte especial faz menção às semelhanças entre o Brasil e os EUA. Sob o aspecto consumista, estamos à caminho da prosperidade. Mas como o Brasil parece ter essa atitude de irmão menor acomplexado pelo sucesso do irmão mais velho, ele tenta seguir os mesmos passos deste. Só que debochando, buscando se dar bem, fazendo as coisas diferentes, e no fundo, no fundo, se desvaloriza, esquece-se de suas próprias qualidades e peca por valorizar exatamente o que há de pior na atitude de seu irmão maior.<br /><br />É. O artigo traz algumas pérolas. Entre as melhores, a que a vitória do governo atual provêm do anterior e o elogio ao governo atual por manter o sistema econômico criado anteriormante. Mas assim também, como essa e muitas outras excelentes análises sobre nosso país, o artigo demostra, uma e outra vez, que o que mais teme é que o Brasil alce vôo. É por isso que não trata das questões negativas com a seriedade que deveria. A verdade é que o Brasil tem potencial, sempre teve, de ocupar o lugar americano no mundo. Claro, que não o fará tão logo e não do jeito que vamos ao querer copiar atitudes americanas. Afinal, nada vejo nada louvável em imitar o papel mais tirânico do imperialismo moderno.<br /><br />Não é à toa, nem é errado dizer, que o maior desafio para o Brasil é a prepotência. Afinal, esse foi o caminho tomado pelos EUA. É esse o caminho do governo atual à seus próprios cidadãos. Como dizem pela América Latina, <span style="font-style: italic;">se les subio el humo a la cabeza</span>. Ou seja, estão se achando. Sim, esse é um "perigo" sim. Já que somos conhecidíssimos pela tolerância e simpatia de nosso povo. Tolerância que às vezes é até demais, pois continuamente deixamos pra lá coisas que não deveríamos, em nove de viver uma vida 'tranquila'. Pena que não concorde com que esse seja o maior desafio. Pra mim, o motivo real pelo qual a revista astutamente aponta esse como maior risco é por que teme o avanço real do Brasil.<br /><br />A revista sabe bem que o Brasil é um grande tesouro, assim como pedra preciosa, que nunca foi polida, nosso país, é fonte inimaginável de riquezas. Eles mesmo dizem isso ao mencionar nossa criatividade e estão tranquilos, pois pensam que no Brasil não teremos mais uma segunda 'Embraer', ou que não sejamos capazes de criar 'Harvards', ou uma empresa que chegue aos pés da gigante Google. Se arriscam a fazer tal previsão porque evitam falar sobre o problema principal, que é a causa de nosso atraso.<br /><br />Volto, uma e outra vez, a pensar, que a revista errou. Falhou mesmo em não discutir com mais detalhe os grandes problemas que existem no nosso país. Nem sequer se deram o trabalho de descrever os desafios, simplesmente mencionaram uns poucos, dentre eles o problema da corrupção, da educação e de nosso sistema juridico, por exemplo.<br /><br />Concordo que realmente não pertence à análise, e nem é assunto da revista, mas em perspectiva, faria muito mais sentido não ignorar tais problemas. Mas claro, isso não é conveniente nem pra eles, nem para o Brasil. Ao invés, falam sobre ilusões. Dizem:<br /><blockquote>"The country has established some <span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;">strong political institutions</span></span>. <span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;">A free and vigorous press</span></span> uncovers corruption—though there is plenty of it, and it mostly goes unpunished."<br /></blockquote>Eu não entendo a qual forte instituições políticas eles se referem: a do governo atual, aquela que apóia os Collors, Sarneys, e milhares de outros sangue-suga da vida? A impressa é livre? Como assim? E o caso do jornal <a href="http://www.estadao.com.br/pages/especiais/sobcensura/">O Estado de São Paulo</a> e os de vários blogs de respeito, como <a href="http://www.novacorja.org/">A Nova Corja</a>, que se vem obrigados a ficar calados quando procuram revelar casos de corrupção. Parece-me que isso é censura. Um sistema político forte? Faça-me o favor...<br /><br />Essa é minha grande crítica ao artigo. Vale a pena ressaltar que o reporte contém uma análise profunda, com contribuições valiosas de diversos especialistas de respeito no Brasil e no mundo. Mesmo assim, creio que, ao erroneamente reportar e ignorar os graves problemas encontrados, principalmente nas instituições políticias e na falta de uma imprensa livre, isso desvaloriza em parte a matéria.<br /><br />Sem uma análise que leve mais em consideração esses aspectos, onde números e estatísticas, e história, seja tão importantes quanto questões humanas, os economistas aumentam ainda mais suas chances de erro ao retratar o presente e possível futuro de nosso país.<br /><br />Talvez por refletir uma verdade conveniente, talvez pelo pensamento equivocado que o lado social não vá influenciar os investimentos, ou talvez ainda, pelo temor, que estes venham a influnciar demais, é que a revista ignora estas importantes questões. Pois afinal, foi através da indiferença aos problemas sérios que vemos hoje nos EUA a grave crise econômica.<br /><br />Mais ainda é cedo. Não terminei ainda de ler todas as 14 página e como disse anteriormente, pouco sei sobre macro ou micro-economia. É por isso que me dispus a começar o dialógo.<br /><br />Pretendo escrever um artigo em inglês com o lado político do Brasil e enviar à revista. Nesse aí, o Brasil provavelmente decola, mas corre o risco de explodir logo após o lançamento.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/Sv-iYPdT1YI/AAAAAAAAAGg/yslh-RuJkbA/s1600-h/economist.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 292px; height: 280px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/Sv-iYPdT1YI/AAAAAAAAAGg/yslh-RuJkbA/s320/economist.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5404216615217911170" border="0" /></a><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-79924253245874039202009-11-12T19:55:00.000-08:002009-11-13T00:30:00.910-08:00Chavez likes it 'dirty', in Venezuela and Latin America<div style="text-align: left;"><div style="text-align: left;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;">Chávez e a sujeira na Venezuela e América Latina.</span></span><br /></div></div><br />O presidente venezuelando, Hugo Chávez, grande conhecido meu (brincadeira, é claro), parece sempre ter soluções 'infáliveis' pra tudo.<br /><br />No <a href="http://www.nytimes.com/2009/11/11/world/americas/11venez.html?ref=americas">artigo </a>do dia 10 de novembro, o New York Times descreve a grave crise energética que vive a Venezuela, mesmo quando o país possui um dos sistemas hidroelétricos mais potentes do mundo e é um dos mais ricos em energia no mundo (que ironia, não é?!).<br /><br />Cheio de conselhos e palpites, sugestões não faltam para este 'líder' que diz saber o que é melhor não só para seu país, mas para o continente e, até, o mundo inteiro.<br /><br />Então, a solução para o problema de energia na Venezuela, segundo Chávez, é o racionamento de energia, "<span style="font-style: italic;">el ahorro</span>", ou seja, a economia. (Ok.) Mas, Chávez propõe banhos de até 3 minutos aos venezuelanos, e garante conseguir fazê-lo em até 2. Diz que não por isso fede. <span style="font-style: italic;">Really?</span><br /><br /><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/5hW7yX3f1IU&hl=en_US&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/5hW7yX3f1IU&hl=en_US&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="344" width="425"></embed></object><br /><br />O presidente pelo visto gosta mesmo é de sujeira. E eu que achava que só a linguagem dele era suja..... é, pelo visto, é bem literal mesmo. Não só ele que quer feder mas que toda a Venezuela também. Tudo em nome do "racionamento" de água e eletricidade.<br /><br />[Vejam <a href="http://www.youtube.com/watch?v=cPxfzRZMfCc">aqui</a> outro vídeo onde ele fala que não precisa esperar a água esquentar no chuveiro e questiona "mas que comunismo é esse?", ao referir-se aos 'jaccuzis', ou seja, banhos de banheira.]<br /><br />Olha, vocês chavistas que me perdoem mas acredito que nenhum venezuelano, ou latino-americano, merece tanto descaso com a higiene moral e física. Sujeira na política nacional e internacional já não são mais do que suficientes?<br /><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-67754755282143638032009-11-11T15:40:00.001-08:002009-11-12T09:13:39.496-08:00Favela Rising: fighting violence the Brazilian way.<span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;">"Favela Raising</span>": lutando contra a violência a la brasileira . </span></span><br /><br />O jornal inglês <span style="font-style: italic;">"</span><a style="font-style: italic;" href="http://entertainment.timesonline.co.uk/tol/arts_and_entertainment/film/article6902642.ece">Times</a><span style="font-style: italic;">"</span> escolheu entre os 100 melhores filmes da década, dois do talentoso diretor brasileiro <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Meirelles">Fernando Meirelles</a>. Um deles, sobre a favela Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.<br /><br />Leia meu post sobre a notícia <a href="http://latampost.blogspot.com/2009/11/city-of-god-is-one-of-best-films-of.html">aqui</a> e o artigo da Folha de S. Paulo <a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u651187.shtml">aqui</a>.<br /><br />Na lista, no entanto, não vemos o filme <span style="font-style: italic;">"</span><a style="font-style: italic;" href="http://www.favelarising.com/">Favela Rising</a><span style="font-style: italic;">"</span>, dirigido pelos americanos Jeff Zimbalist and Matt Mochary. Mas é exatamente esse tipo de filme que deveria estar. Ganhador de 36 prêmios, entre eles o de <span style="font-weight: bold;">Filme do Ano</span> pela Associação Internacional de Documentários e o de melhor direção no <span style="font-style: italic;">Tribeca Film Festival</span>, este documentário-filme merece destaque.<br /><br /><br /><object height="270" width="400"><param name="allowfullscreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><param name="movie" value="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=5732482&server=vimeo.com&show_title=1&show_byline=1&show_portrait=0&color=&fullscreen=1"><embed src="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=5732482&server=vimeo.com&show_title=1&show_byline=1&show_portrait=0&color=&fullscreen=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" height="270" width="400"></embed></object><p style="text-align: center;"><span style="font-size:85%;"><a href="http://vimeo.com/5732482">Favela Rising Trailer</a> from <a href="http://vimeo.com/user2073778">FIGHTINGHAPPY</a> on <a href="http://vimeo.com/">Vimeo</a>.</span></p>O filme que retrata a vida de Anderson Sá, é mais do que uma história de coragem e sucesso pessoal. O movimento que Anderson ajudou a criar surgiu como uma solução da comunidade cansada com a violência e a 'guerra' em uma das favelas mais pobres e violentas do Brasil.<br /><br />Através da difusão do movimento musical, <a href="http://www.afroreggae.org.br/">AfroReggae</a>, a comunidade da favela do Vigário Geral, que foi testemunha de um dos <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Vig%C3%A1rio_Geral_massacre">massacres</a> mais horrivéis jamais vistos no Brasil, agora também é sinônimo de inspiração para milhares de outras favelas no Rio de Janeiro.<br /><br />Madonna, que atualmente está visitando o Brasil e que parece ter intenção de <a href="http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/11/09/madonna-chega-ao-rio-para-fundar-ong-914665934.asp">criar uma ONG</a> nas favelas do Rio, tentando repetir o sucesso conseguido no Malawi, aparentemente se interessou no assunto ao assistir o aclamado documentário.<br /><br />Agora falta o filme despertar o interesse devido no Brasil, se espalhando não só pelas favelas do Rio, mas por todo o país. Organizações criadas pela comunidade, com soluções criativas e artísticas é exatamente o que mais precisamos no Brasil.<br /><br />Falta também divulgar mais essa imagem do Brasil no exterior. Acredito que o papel do filme "<a href="http://www.youtube.com/watch?v=6opvlPFS5_c">Cidade de Deus</a>" em denunciar e difundir a personalidade do Brasil pelo mundo, foi absolutamente fantástica. Genial, mesmo. Porém, o que falta na imagem do Brasil é a enfâsis no que temos de melhor: a criatividade e a garra do povo brasileiro.<br /><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-13730954284909740032009-11-10T21:21:00.000-08:002009-11-11T13:53:12.212-08:00"Flagra": Blackout brings to light problems in Brazil.<span style="font-size:130%;"><span style="font-style: italic; font-weight: bold;font-family:times new roman;" >"Flagra"</span><span style="font-weight: bold;font-family:times new roman;" >: Apagão traz à luz os problemas no Brasil.</span></span><br /><br />Rita Lee já dizia na sua canção <span style="font-style: italic;">"<a href="http://www.youtube.com/watch?v=KG5jsyNc6cQ&NR=1">Flagra"</a></span>:<br /><div style="text-align: center;"><blockquote><span style="font-weight: bold;">No escurinho do cinema<br />Chupando drops de anis<br />longe de qualquer problema<br />perto de um FINAL FELIZ</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">(...) Mas de repente o filme pifou</span><br /><span style="font-weight: bold;">e a turma todo logo vaiou</span><br /><span style="font-weight: bold;">Acenderam as luzes, 'cruzes'! </span><br /><span style="font-weight: bold;">Que flagra! Que flagra! Que flagra!</span></blockquote></div>O flagra aqui é que milhares de pessoas no Brasil ficaram na escuridão, mais uma vez. Com isso fica<span style="font-weight: bold;"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);">claro</span></span> que o país deve enfrentar, de uma vez por todas, os grandes obstáculos que diz estar superando.<br /><br />Não é mais possível que notícias como essa passem desapercebidas pelo mundo a fora. O New York Times exibe na primeira página de sua versão online o <span style="font-style: italic;">blackout</span> no Brasil. Para ler clique <a href="http://www.nytimes.com/aponline/2009/11/10/world/AP-LT-Brazil-Blackouts.html?hp">aqui</a>.<br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold; font-style: italic;">Update: </span><span style="font-style: italic;">O jornal Estadão descreve a repercussão mundial. Leia </span><a style="font-style: italic;" href="http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,apagao-faz-imprensa-mundial-questionar-copa-e-olimpiada,464776,0.htm">aqui</a><span style="font-style: italic;">.</span><br /></div><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.nytimes.com/aponline/2009/11/10/world/AP-LT-Brazil-Blackouts.html?hp"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 177px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/SvpXoufwABI/AAAAAAAAAGY/XyTLGX5vDp8/s320/articleLarge.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5402727060171915282" border="0" /></a> <span style="font-size:85%;">Foto: Felipe Dana/Associated Pres</span><br /></div><br />O irônico da situação é que ela<span style="font-style: italic;"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 255, 255);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);">traz à luz</span> </span>os problemas que há muito o Brasil vem sofrendo. A escuridão dessa vez serve para <span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 0);">iluminar</span>. A questão da infra-estrutura no Brasil não pode mais ser tomado de forma leviana. Afinal, somos o país da Copa (2014) e das Olimpíadas (2016).<br /><br />O problema vem à tona toda vez que chove, chova muito ou pouco. Se chove muito, as enchentes acabam com o trânsito já caótico das grandes cidades, destruindo estradas, causando estragos. Se chove pouco, falta água para gerar energia suficiente. O problema vem à tona toda vez que algo acontece, seja qual for o motivo.<br /><br />Mais o real problema no Brasil é o deixar os problemas para amanhã. É o ignorar tudo que tem que ser resolvido no agora. Daí, o flagra no Brasil! Espera-se o estrago acontecer primeiro pra ver se vão ainda pensar em fazer algo ao respeito.<br /><br />O filme que querem passar para o mundo agora, para os brasileiros que vivem no "escurinho do cinema", escondidos na escuridão cômoda da fantasia, adormecidos na ilusão, é a de um 'Brasil Inventado', aquele que avança, rumo ao primeiro mundo, e como a canção de Rita bem diz, <span style="font-style: italic;"> </span><span>que vive </span><span style="font-style: italic;"><span style="font-weight: bold;">longe dos problemas, perto de um final feliz</span>.</span><br /><br />Mas quando o filme pifa e as luzes são acesas, ou no caso, apagadas, descobrimos realmente quem é quem. E aí, aí, realmente só nos resta dizer "<span style="font-weight: bold;">Que flagra! Que flagra! Que flagra!</span>"<br /><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-65681678699818845062009-11-09T11:15:00.000-08:002009-11-09T22:22:39.065-08:00"City of God" is one of the best films of the decade!<a href="http://cinema.uol.com.br/ultnot/2009/11/08/ult4332u1346.jhtm"><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >"Cidade de Deus" entre os 100 melhores filmes da década!</span></a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.youtube.com/watch?v=ioUE_5wpg_E&feature=related"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 197px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/SvjxjlopT8I/AAAAAAAAAGA/HEJfYgTr1cc/s320/cidadededeus_560.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5402333346731216834" border="0" /></a><br />Há alguns dias atrás, ouvi a história de uma polonesa que decidira estudar o idioma português na faculdade e viajar ao Brasil, após assistir o filme <span style="font-style: italic;">"<a href="http://www.youtube.com/watch?v=6opvlPFS5_c">Cidade de Deus</a>"</span>. A <a href="http://www.revistapiaui.com.br/edicao_37/artigo_1183/Podcast_com_a_polonesa.aspx">entrevista</a>, em formato de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Podcasting"><span style="font-style: italic;">podcast</span></a> foi feita pela <a href="http://www.revistapiaui.com.br/">revista Piauí</a>, a mesma que apresentava pela primeira vez a saga vivida pelo americano <a href="http://bringseanhome.org/piaui_port.html">David Goldman</a> que luta até hoje por resgatar seu filho sequestrado no Brasil.<br /><br />Como eu sempre gostei de ouvir estrangeiros falando português, achei o máximo a entrevista. É realmente admirável o esforço que eles fazem. Aprender um novo idioma, já não é fácil, muito menos o nosso, cheio de 'excentricidades' e de cultura tão diversa. A <a href="http://www.revistapiaui.com.br/edicao_37/artigo_1149/Miojinho_na_cabeca_polonesa_.aspx">polonesa</a>, que tinha certo sotaque, aprendera nossa língua em Portugal. Mas ela narrava sua experiência no Brasil, com uma energia, uma paixão, que era típica de brasileiro. Realmente fascinante isso. E tudo por causa de um filme!!!<br /><br />A cultura se difunde pelo mundo através dos meios de comunicação. Um dos meios mais populares é com certeza o cinema. O poder e impacto deles na sociedade não é algo que possamos subestimar, mesmo que não sejamos admiradores de Hollywood. O impacto da cultura americana no mundo se deve, em grande parte, à promoção de seus filmes e produtos através da imagem que passam para o mundo.<br /><br />É com isso em mente, que decidi destacar esta notícia no post de hoje. O destaque e a repercussão do filme <a href="http://www.youtube.com/watch?v=ioUE_5wpg_E&feature=related"><span style="font-style: italic;">"City of God"</span></a> pelo mundo, merece reconhecimento. Me lembro que na época que assisti o filme, aqui nos EUA, muitos saíram antes da sala de cinema. Claro, que eram na maioria idosos, e sua atitude é compreensível já que algumas cenas do filme são chocantes. Mas a reação geral, especialmente dos jovens, foi bem diferente, eles ficaram loucos pelo nosso país, queriam saber mais sobre ele, o Rio de Janeiro e as favelas. Logo, a favela, se tornou símbolo e virou até referencial turístico.<br /><br />Vender excursões pelos morros virou moda. Leiam reportagem sobre o documentário "Para inglês ver" que fala desse fenômeno <a href="http://cinema.terra.com.br/gramado/2009/interna/0,,OI3917986-EI14147,00-Pra+Ingles+Ver+universo+da+favela+e+atracao+turistica.html">aqui</a>.<br /><br />Mas será que essa é mesmo a imagem que queremos passar do Brasil para o mundo? Vale destacar que dentro da mesma lista que põe o <span style="font-style: italic;">"<a href="http://www.youtube.com/watch?v=6opvlPFS5_c">Cidade de Deus</a>" </span>em lugar 66, é destacado o filme <span style="font-style: italic;">"</span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=a8syUWeLglc"><span style="font-style: italic;">O Jardineiro Fiel</span></a>" do mesmo diretor, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Meirelles">Fernando Meirelles</a>, em lugar 52.<br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/Svj1Udin4yI/AAAAAAAAAGI/rN4v7VcJBfA/s1600-h/images-1.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 130px; height: 130px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/Svj1Udin4yI/AAAAAAAAAGI/rN4v7VcJBfA/s320/images-1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5402337484906947362" border="0" /></a><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-56643106876089817912009-11-08T23:55:00.001-08:002009-11-09T10:49:22.027-08:00An Education, a good Education.<span style="font-style: italic; font-weight: bold;font-size:130%;" >Uma Educação</span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >, uma boa Educação.</span><br /><br />O outro dia vi um filme britânico chamado <a style="font-style: italic;" href="http://en.wikipedia.org/wiki/An_Education">An Education</a><span style="font-style: italic;"> </span>baseado na autobiografia de uma jornalista inglesa. O filme me fez pensar em várias coisas, quero dizer, relembrar várias coisas, erros que a gente comete quando ainda não sabe bem diferenciar o 'vilão' do 'mocinho'.<br /><br />Básicamente, se trata da história de uma garota que se torna mulher em uma época e sociedade onde as mulheres não tinham tantas opções como agora. Mas como um bom filme, ele toca vários temas que transcendem o papel da mulher e da educação na sociedade.<br /><br /><object height="340" width="400"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/oYkLgaQ27L8&hl=en&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/oYkLgaQ27L8&hl=en&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="340" width="400"></embed></object><br /><br />Lembrei-me dele agora quando pensava na <a href="http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,expulsao-de-geisy-transforma-uniban-em-alvo-na-internet,463508,0.htm">repercussão</a> que deu a história da jovem brasileira que, por usar vestido curto, foi vilmente agredida com palavras e atos impróprios de uma instituição educacional. E que agora, além do assédio, sofrera também a expulsão da instituição de "ensino superior" a qual frequentava.<br /><br />Ao ver tamanha falta de senso comúm, tamanha covardia, hipocresia, primitivismo e pseudo-moralismo, sinto a necessidade de falar sobre o problema 'tabú' Nº 1 no Brasil, a educação. Aquela que vem de casa e que se extende pela sociedade e prossegue-se na escola.<br /><br />É sobre essa educação que gostaria de tratar neste post. Assim como no filme, onde o pai da mocinha, insiste para que a filha estude, e faça de tudo para ir à Oxford, na minha vida, meu pai sempre me ensinou que a educação era tudo na vida.<br /><br />Infelizmente no Brasil, onde estudei até a 5ª série, a escola pública no bairro onde morava geralmente só funcionava três meses ao ano devido às greves, e por esta razão a qualidade de ensino, dos professores, dos livros, era tão baixa que meu pai fazia enorme sacrificio pagando mensalidades exorbitantes (quase todo seu salário ia nisso) porque acreditava no poder da educação.<br /><br />No entanto, a educação real, aquela que rege a minha vida, essa começou de casa. Não só com o pedido de meus pais, para que me esforçasse ao máximo nos estudos, mas com as lições de vida que meu pai me dava nos poucos momentos compartidos com ele (já que trabalhava bastante). Assim como no filme, a falta de dinheiro era uma questão óbvia e de preocupação constante para ele.<br /><br />Mas não foi só meu pai. Nem tampouco minha mãe, responsável por me supervisionar nos estudos. Mas foi também a sociedade a que foi me moldando. Sempre me lembro das vozes das pessoas na comunidade denunciando o racismo, promovendo a integração e o respeito aos mais velhos, aos que eram diferentes. Essas pessoas foram meu exemplo e o exemplo de muitos outros da minha geração. Me refiro ao motorista de nosso ônibus escolar, a moça que trabalha nele, a professora de balê, o padeiro, o moço da banca de jornal, a vizinha, e por aí vai. Talvez eu tenha sido muito sortuda nisso, pois encontrei pessoas maravilhosas que foram moldando meu caráter.<br /><br />Meus professores foram apenas a continuação de uma base forte. Minha escola, apesar de excelente, fora apenas um meio. Nela aprendi o poder do pensamento livre, do questionar. De novo, não sei se foi mera sorte mais meus professores, a grande maioria deles, me ensinou a ver além da homofobia, além da religiosidade, além do fanatismo, e principalmente, além das máscaras.<br /><br />Mas claro nem tudo fora perfeito. Assim como no filme, haviam problemas naquela estrutura. Mas minha educação, essa que mencionava acima, já fora ganha em casa, na comunidade, na escola.<br /><br />Acredito que essa moça que sofreu assédio tivesse o mesmo desejo que um dia tive. Ela queria ter uma educação. Ela acreditou no valor da educação. Ela tentou se superar, crescer na vida, e como qualquer ser humano, queria ser melhor. Talvez ela não tenha tido muita educação, talvez tenha realmente errado (mesmo que ache que não) ao escolher um estilo de vestido "tão curto", que não cabia em sala-de-aula. Mas seja qual for sua posição, ela acreditava que seguir estudando era o caminho.<br /><br />Assim também foi com essa jornalista, a retratada no filme, e comigo, achavámos que a educação iria resolver tudo, até que percebemos que na vida nem sempre é assim. O filme é realmente interessante porque te leva a pensar na realidade da vida. Na vida do dia-a-dia, onde uma boa educação vale pouco ou nada. O que vale é o nome dela, os contatos, a politicagem, o quem te indique, a esperteza, o jeitinho... até mesmo na Inglaterra, acredite se quiser.<br /><br />Esta estudante de turismo que foi assediada, no entanto, não imaginaria nunca como sua vida iria mudar após entrar na universidade com aquele vestido. Ela disse que no dia que o assédio aconteceu não tinha contado nada ao pai por vergonha, que não queria que ele pensasse mal dela. Eu entendo seu temor, provavelmente ainda tivera um daqueles pais que se preocupa demais com sua imagem, ou, que provavelmente fez/faz de tudo pela educação dessa moça.<br /><br />A importância de uma educação, de uma boa educação, é o que ela te ensina. Infelizmente nossa educação no Brasil é mediocre e mesquinha. Não é muito diferente daquela retratada em certas escolas americanas, em um país onde supostamente estão as melhores universidades do mundo. [Para ver um história emocionante sobre a educação nos EUA, recomendo que assistam um dos meus filmes favoritos, o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Freedom_Writers">Freedom Writers</a>, baseado em uma história real]<br /><br />O que aconteceu com essa moça brasileira é um reflexo da sociedade em geral que valoriza o material, os valores equivocados. O atual presidente do nosso país tem razão em debochar tal educação. Essa que se dá nas Unibans da vida. O problema é que ele confunde a boa educação com a má educação. O valor de uma educação como a que eu tive, e a que muitos tem, formada em casa e moldada com a atitude não só de gente muito bem relacionada, mas gente humilde que valoriza o bem e ensina com atitudes, é o que falta no nosso país.<br /><br />É isso que faltou no exemplo da Uniban. Nosso querido artista Caetano Veloso, tem, e muita, razão em criticar a postura de nosso presidente e em apoiar uma mulher como Marina, que zela por essa boa educação. Isso não é ofensa a ninguém que não saiba ler ou escrever, muito menos, ao que mal saiba ler no Brasil. É uma crítica dura e certeira à um presidente, e a um sistema, que alimenta a falta de bom senso, e falta de uma boa educação.<br /><br />No filme a mocinha percebe que apesar da esperteza e da viveza, do mundo fácil de certos alguns que rejeitam uma boa educação, a vida não é tudo mil e uma maravilhas. Ela acorda com a experiência e volta ao caminho certo. Assim espero que aconteça com essa garota. Afinal, a vida irá tentá-la no caminho fácil da fama, assim como o fez com nosso presidente.<br /><br />Cabe a ela, e a sociedade, apóia-la e demostrar qual é o caminho certo. Espero que este terrível e vergonhoso episódio para a sociedade brasileira, sirva para encerrar de forma definitiva lugares de pseudo-ensino como esse, onde a moça frenquentava, onde se preza a má educação.<br /><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-31037732398625341712009-11-08T18:43:00.000-08:002009-11-08T22:39:08.567-08:00Announcement: Journalism in the Americas and Online Project against Repression on the Internet<h1><span><span style="color: rgb(247, 177, 68);">JORNALISMO NAS AMERICAS</span></span></h1><span style="font-size:130%;"><strong><span style="font-size:100%;"><a style="font-family: times new roman;" href="http://knightcenter.utexas.edu/blog/?q=pt-br/node/5732">Projeto online rastreia repressão contra blogueiros ao redor do mundo</a></span><br /></strong><span style=";font-family:times new roman;font-size:100%;" ><br /></span><span style=";font-family:times new roman;font-size:100%;" >A comunidade internacional de blogs, <a href="http://es.globalvoicesonline.org/">Global Voices</a>, lançou o “<a href="http://threatened.globalvoicesonline.org/">Threatened Voices</a>” (Vozes Ameaçadas, numa tradução livre), um site que traça a repressão da expressão na internet. A página centraliza informações de uma série de redes de defesa da liberdade de expressão com mapas e linhas de tempo com ameaças, prisões, e violência por causa do discurso na web. </span></span><p style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;">A maioria dos casos é da China e do Oriente Médio, mas há diversos exemjplos na América – em <a href="http://threatened.globalvoicesonline.org/bloggers/cuba">Cuba</a>, <a href="http://threatened.globalvoicesonline.org/index.php?q=bloggers%2Funited-states">Estados Unidos</a>, <a href="http://threatened.globalvoicesonline.org/index.php?q=bloggers%2Fvenezuela">Venezuela</a>, <a href="http://threatened.globalvoicesonline.org/index.php?q=bloggers%2Fguatemala">Guatemala</a> e <a href="http://threatened.globalvoicesonline.org/index.php?q=bloggers%2Fcanada">Canadá</a>, por exemplo. </span></p> <p style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;">O site foi construído com diversos recursos digitais disponíveis gratuitamente, como o <a href="http://maps.google.com/">Google Maps</a>, <a href="http://pipes.yahoo.com/pipes">Yahoo Pipes</a>, <a href="http://code.google.com/p/timemap">Time Map</a> e o <a href="http://gmaps-utility-library.googlecode.com/svn/trunk/mapiconmaker/1.0/docs/examples.html">MapIconMaker</a> para localizar a informação sobre blogueiros ameaçados. (Veja esta <a href="http://knightcenter.utexas.edu/blog/?q=pt-br/node/4697">nota</a> sobre o uso do Google Maps para jornalistas.) </span></p> <p style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;">Para mais informações, veja a <a href="http://threatened.globalvoicesonline.org/">página do projeto</a> e o <a href="http://es.globalvoicesonline.org/2009/11/04/presentamos-threatened-voices-voces-amenazadas">anúncio em espanhol</a> do Global Voices.</span></p><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" > </span>FONTE: The Knigh Center for Journalism in the Americas<br /><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-43253569207699192132009-11-07T22:44:00.000-08:002009-11-08T22:38:14.197-08:00Cuba Libre: When reality is stranger than fiction<span style="font-weight: bold;font-size:130%;" ><span style="font-family:times new roman;">Cuba Livre: Quando a realidade é pior do que a ficção.</span></span><br /><span style="font-size:130%;"><br /><span style="font-family:times new roman;">Acabei de assistir o aclamado filme de Clint Eastwood, </span><a style="font-family: times new roman;" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Gran_Torino"><span style="font-style: italic;">Gran Torino</span></a><span style="font-family:times new roman;">. Ouvi muito sobre o filme na época que fora premiado e decidi conferir, ainda mais, após ter visto um outro filme dele, o </span><a style="font-family: times new roman;" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Changeling"><span style="font-style: italic;">Changeling</span></a><span style="font-family:times new roman;">. Adoro filmes baseados em histórias reais.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Enfim, no fim do filme que assisti hoje, de ficção, minha amiga brasileira que o assistia comigo, chorou. Era triste, mas ela já me alertara que sempre chorava no fim de qualquer filme. Ao vê-la chorando, confesso, até me emocionei um pouco. O que é irônico, já que por quase todo o filme fiquei rindo do suspense e do estilo, o famoso </span></span><span style="font-style: italic;font-family:times new roman;font-size:130%;" >western, </span><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:times new roman;">genêro de homem 'macho', </span></span><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:times new roman;">típico de Eastwood.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Sim, gostei do filme. Mas não é isso que me fez escrever este post. Muito menos é o barulho que os vizinhos brasileiros (sim, há vários morando em NY!) fazem a essa hora da madrugada. O motivo é uma <a href="http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=562MON020">notícia</a> que vi na sexta à noite</span></span><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:times new roman;">. Como tentava terminar meu <a href="http://latampost.blogspot.com/2009/11/mission-impossible-fight-against.html">post anterior</a>, acabei não lendo naquela noite. Li o título e soube que se tratava de algo que merecia toda minha atenção, precisava ler com cuidado, já que se tratava do caso da blogueira cubana </span></span><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" class="art_tit" ><a href="http://www.desdecuba.com/generaciony_pt/?page_id=16">Yoani Sanchez,</a> que supostamente teria sido detida</span><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:times new roman;"> nesse dia.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Li também o começo do artigo e com isso me tranquilizei. Lá dizia que ela fora brevemente detida. Então, resolvi deixar para ler tudo no dia seguinte. Ou seja, ontem, sábado. O dia todo transcorreu e finalmente só agora (na madrugada de domingo) enquanto minha amiga secava as lágrimas, e eu tentava conter a emoção de fim de filme, resolvi abrir meu laptop e checar o que havia de novo no meu companheiro de todas horas, o </span><a style="font-family: times new roman;" href="http://twitter.com/">Twitter</a><span style="font-family:times new roman;">.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Nele li uma </span><a style="font-family: times new roman;" href="http://twitter.com/yoanisanchez/status/5526293997">mensagem de Yoni</a><span style="font-family:times new roman;">. Ela dizia <span style="font-weight: bold;">"</span></span></span><span class="status-body"><span class="entry-content"><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:times new roman;"><span style="font-weight: bold;">Me siento adolorida como una anciana con reuma. Sin embargo, el espiritu blogger intacto. Han respondido con violencia a las palabras."</span> Fui aí que me liguei da gravidade do assunto. Violência??? '...Me responderam com violência às palavras', foi o que ela disse. Fiquei chocada. Decidi, finalmente ler a notícia que ficara alí o dia inteiro, ao parecer, esperando só o momento certo de me chamar à ela.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Minha amiga até então já tinha parado de derramar lágrimas pela obra de ficção. E eu já não pensava mais no filme. Contei a ela a história de Yoni e fiquei pensando na gravidade do assunto. Ao minha amiga ir embora puder ler finalmente o artigo, mas antes fui ao </span><a style="font-family: times new roman;" href="http://twitter.com/yoanisanchez">Twitter de Yoni</a><span style="font-family:times new roman;"> e descobri que ela já escrevera sobre o acontecido em seu blog, </span><a style="font-family: times new roman;" href="http://desdecuba.com/generaciony_pt/">O Geração Y</a><span style="font-family:times new roman;">.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Ao ler sua </span><a style="font-family: times new roman;" href="http://www.desdecuba.com/generaciony_pt/?p=675">narrativa</a><span style="font-family:times new roman;">, tive a impressão de estar lá. De ter vivido o que viveu. Me imaginei na pele dela. Sendo pega em plena manifestação pacífica, contra a violência, e sendo vítima por nenhum outro "crime", senão o de tentar se expressar livremente. Não aguentei. Desabei. Eu, que quase nunca choro, chorei. Ainda ao escrever estas palavras me emociono. Não senti raiva, senti tristeza. Tristeza de ver coisas como essas acontecerem nos dias de hoje. De saber que estamos tão perto da repressão. Tão perto de perder nossa liberdade de expressão....</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Me refiro não só à situação atual na América Latina. Me refiro também ao que aconteceu nos Estados Unidos da América há poucos anos atrás com a chegada de Bush ao poder. É tão frágil, tão incerto, nosso futuro. Tudo o que hoje possuímos ou achamos possuir, nossa liberdade, por exemplo, pode ser perdida em um piscar de olhos. Assim também foi no Chile na época em que Allende ganhara e Pinochet, logo após, tomara o poder à força.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Em momentos como este, não posso deixar de observar nem de refletir que a realidade é, muitas vezes, muito mais cruel do que a ficção. Que o sonho de Cuba Livre, não é questão isolada. Não se trata de um problema somente dos cubanos. Não. É nosso. Nossos irmãos cubanos são americanos, são latinos, e acima de tudo, são humanos.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Hoje é Cuba. Amanhã, talvez a Venezuela. E logo com ela, outros países na América Latina. Enquanto continuarmos a ignorar este problema, ele continuará a existir. Pois a indiferença à repressão, à violência, não fazem estes males desaparecerem. Ao contrário, os fazem multiplicar.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Desejo hoje oferecer minha prece a Yoni e a todos os blogueiros pela América e mundo afora. E este post em especial em dedicação a agressão sofrida por esta cubana que não desiste em ver Cuba livre. Ela é exemplo de coragem, exemplo de força. E exemplo para continuarmos na luta por um país melhor, um continente e mundo melhor.</span><br /><br /></span></span></span><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-78724028343269138732009-11-06T07:26:00.000-08:002009-11-07T09:35:38.763-08:00Mission: Impossible? The fight against corruption.<span style="font-weight: bold;font-family:times new roman;font-size:130%;" ><span style="font-weight: bold;">Missão Impossível? A luta contra a corrupção.</span></span><br /><br /><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" >Assim como no filme <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Miss%C3%A3o_Imposs%C3%ADvel"><span style="font-style: italic;">Missão Impossível</span></a>, no Brasil, e na maioria dos países da América Latina, a luta contra a corrupção, parece uma tarefa de alguns 'malucos' idealistas ou bem, digna de uma obra de filme de ação!<br /><br />A cultura de roubo está tão infiltrada nas nossas vidas, que quando na política ouvimos sobre desvio de dinheiro público ninguém sequer se dá mais o trabalho de se indignar. Afinal, já é esperado. É uma profecia, onde todos se acham profetas.<br /><br />Dizem: "Político honesto não existe. Sempre foi assim. E assim sempre será."<br /><br />Bom, se formos analisar, até que esta crença tem algo de verdade. Políticos na América Latina e em qualquer lugar do mundo, se não forem pressionados, roubam mesmo. Qualquer pessoa, estando no poder, corre o risco de cair na tentação e se aproveitar da situação previlegiada que possui.<br /><br />Nos EUA, por exemplo, não é diferente. Aqui existe o que se chama o <a style="font-style: italic;" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_de_press%C3%A3o">lobby</a> que nada mais é, dizem alguns, e com certa razão, uma forma de suborno. Não são raros os casos de corrupção envolvendo empresas e políticos neste país. Posso citar o caso das companhias de energia na Califórnia, mas para não me extender no assunto, irei citar o caso recente da prefeita da cidade de Baltimore, <em></em><a href="http://www.baltimoresun.com/topic/politics/government/sheila-dixon-PEPLT007483.topic">Sheila Dixon</a>, em Maryland. Acusada de receber presentes e outras regalias em um caso de corrupção que durou anos na Justiça, ela somente foi indiciada este ano e apesar de ainda não ter sido afastada, parece que o será muito em breve.<br /><br />É fato que em muitos estados americanos, corrupção é crime. Uma pessoa envolvida em caso de favoritismo, desvio de verba pública, etc. muitas vezes vai parar na cadeia. Mesmo assim os crimes de corrupção e as denúncias abundam. Não deixam de existir por isso, nem são tão fácilmente resolvidos, como no caso da prefeita de Batimore.<br /><br />Então qual é a diferença? Se não existem políticos corretos nem nos EUA, nem no Japão (um país super sério) e até no Chile (ver governo de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ricardo_Lagos">Ricardo Lagos</a>, por exemplo), o nosso 'exemplo' da América Latina, para que queremos que justo no Brasil nossos políticos sejam 'limpos'? É o que muitos pensam. Mesmo que equivocadamente.<br /><br />A missão impossível, no caso, o combate à corrupção, não é tarefa só para alguns, muito menos, de uma pessoa só! Nem tampouco, é trabalho fácil em nenhum lugar do mundo.<br /><br />No filme quando o 'herói', Tom Cruise, tem que fazer coisas pra lá de fantasiosas para conseguir seu objetivos ele geralmente conta com a ajuda de seus colegas. No entanto, ele consegue superar tudo sozinho no final. Afinal, ele é o galã.<br /><br />Não assim na vida real, onde não depende de uma pessoa só enfrentar tamanha missão. Não existe um ´Salvador da Pátria´, como muitos no Brasil costumavam achar. É impossível? Sim, muitas vezes, é. Mas se não fizermos nada, assim sempre será.<br /><br /><br /><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Uks_lHTua3o&hl=en&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/Uks_lHTua3o&hl=en&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="344" width="425"></embed></object><br /><br /><span style="font-size:85%;">Tom Cruise, interpreta o galã no filme <span style="font-style: italic;">Mission: Impossible</span>. "...And, you really think WE CAN DO this? WE ARE going to do it!"</span><br /><br />Cabe a nós, a cada um de nós, a tarefa de fazer algo ao respeito. A imprensa e agora a comunicação através da Internet (via Twitter, Facebook, Nings, Blogs, Jornais Online etc.) tem como missão apontar as tarefas "impossivéis" que nós como sociedade como um todo temos a responsabilidade de resolver. Não basta só eleger um governo, votar consciente, etc. Tem que ter participação de todos.<br /><br />Mas também só apontar os problemas, ficar denunciando isso ou aquilo sem apontar solução, não adianta. Temos que ser parte da solução para não fazermos mais parte do problema. Precisamos despertar em cada um de nós aquele 'herói' adormecido. Precisamos nos unir, pois na vida real, não seremos capazes de mudar o "impossível" sozinhos. Se cada um contribuir, mesmo que de maneira modesta, conseguiremos façanhas dignas de um filme de Hollywood.<br /><br />No artigo do jornal o Estado de São Paulo (publicado no dia 3 de novembro) tanto na versão impressa como na online, vi apenas um limitado número de comentários. A que se deve isso? Na versão impressa houve 0 (Z-E-R-O!!!!) comentários. Na online, apenas 3 (T-R-E-S)!<br /><br />Vejam o link da versão impressa <a href="http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091103/not_imp460249,0.php">aqui</a>.<br /><br />Acho que não é suficiente só comentar mas é sinal sadio em qualquer sociedade ter uma discussão sobre um assunto tão importante. Demostra interesse. Algo que perdemos talvez por achar que roubo é normal. Ora por ser um legado de muitas gerações, ora por convivermos diariamente com ele, não podemos ficar justificando nosso inércia (aquela que nos paraliza até para fazer comentários em um site de notícia) e falta de interesse.<br /><br />É por causa da nossa passividade que a corrupção continua a ser ignorada em nosso país.<br /><br />Termino este post, postando parte do texto do artigo que faz referências as ONGs, descritas no artigo, e que são o orgulho de nosso país. Sei que existem muitos dentre nós que não desistem da luta para um país mais digno, mais sério. E muitos outros que esperam apenas uma oportunidade como esta, a de encontrar pessoas que pensam igual, para agir.<br /><br />Fica também o convite para participar da comunidade virtual na Internet, ou <span style="font-style: italic;">Ning Social Networking site,</span> do <a href="http://fichalimpa.ning.com/">FichaLimpa</a>, criada justamente para aqueles que acreditam em um governo melhor.<br /><br />Afinal, a realidade se constrói das ações e não de ideologia. 'Malucos' são aqueles que se acomodam com a mentira, a violência, o roubo e a corrupção.<br /><br /></span><blockquote style="font-family:times new roman;"><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >ONDE SE INFORMAR</span><span style="font-size:130%;"><br /><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE)</span><span style="font-size:130%;"><br /><br />Elaborou projeto de lei para barrar os fichas-sujas. Realiza também pesquisas em bancos de dados para avaliar cassações<br /><br /><a href="http://www.mcce.org.br/">www.mcce.org.br</a><br /><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Transparência Brasil</span><span style="font-size:130%;"><br /><br />Fundada em 2000, formou banco de dados de fácil acesso na internet com informações sobre o Legislativo de todo o Brasil. Coleta informações, documentos, registros eleitorais<br /><a href="http://www.transparencia.org.br/index.html"><br />www.transparencia.org.br</a><br /><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Contas Abertas</span><span style="font-size:130%;"><br /><br />Faz levantamentos de gastos dos parlamentares, disponibiliza planilhas com uso de verbas indenizatórias, gastos de emendas, aplicações de recursos tanto do Legislativo como do Executivo<br /><a href="http://contasabertas.uol.com.br/asp/"><br />www.contasabertas.uol.com.br</a><br /><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Voto Consciente</span><span style="font-size:130%;"><br /><br />Movimento fundado em 1987, em São Paulo, para acompanhar e fiscalizar ações na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa<br /><br /><a href="http://www.votoconsciente.org.br/">www.votoconsciente.org.br</a><br /><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Amigos Associados de Ribeirão Bonito (Amarribo)</span><span style="font-size:130%;"><br /><br />Entidade do interior de Minas Gerais que congrega centenas de outras organizações de combate à corrupção em todo o País<br /><a href="http://www.amarribo.org.br/"><br />www.amarribo.org.br</a></span></blockquote><br /><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /></a></span><br /><blockquote></blockquote>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-686171352615137855.post-8822662519533225282009-10-16T07:49:00.000-07:002009-10-18T18:25:55.565-07:00Opinion of the Week: Bloggers and justice in Brazil<span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Opinião da semana: Blogueiros e a <span style="font-style: italic;">justiça</span> no Brasil</span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/Stu-Hc1u3RI/AAAAAAAAAF4/syjeZpm0r1k/s1600-h/images-1.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 124px; height: 93px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_DxwrVk20104/Stu-Hc1u3RI/AAAAAAAAAF4/syjeZpm0r1k/s320/images-1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5394114013916224786" border="0" /></a><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" >A morosidade e ineficiência da <span style="font-style: italic;">justiça</span> brasileira não é novidade para a grande maioria dos brasileiros. Aqueles que dizem acreditar nela, provavelmente, são aliados àqueles que tem influência suficientes para usá-la a sua conveniência.</span><br /><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" ><br />A questão de liberdade de imprensa no país parecia ser coisa do passado, da época de ditadura militar. No entanto, recentemente vimos a emblemática censura ao jornal brasileiro, o <a href="http://www.estadao.com.br/">Estado de São Paulo</a>, que infelizme</span><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" >nte não é o único a sofrer da mão injusta da<span style="font-style: italic;"> justiça</span>.</span><span style="font-size:130%;"><br /></span><br /><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" >O que me levou a começar a escrever este blog </span><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" > </span><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" >foi o relato da <a href="http://www.alcinea.com/sem-categoria/ta-na-revista-epoca">história de Alcinéa</a></span><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" ><a href="http://www.alcinea.com/sem-categoria/ta-na-revista-epoca"> Cavalcante</a>, uma blogueira, que enfrenta vários processos que em total somam mais</span><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" > de R$ 2 milhões que esta, como cidadã común, não possui mas mesmo assim não a fazem desanimar de seguir postando. Processos estes, diga-se de passagem</span><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" >, iniciados pelo atual presidente do senado e, ex-presidente brasileiro, José Sarney.<br /><br /></span><div style="text-align: right;"><br /></div><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" >Vale ressaltar, que é da mesma familia Sarney que vem o atual processo e censura ao jornal Estadão proibido de publicar qualquer reportagem relacionada a Operação conhecida como Boi Barrica. Entenda mais sobre a censura <a href="http://www.estadao.com.br/especiais/entenda-a-censura-ao-jornal-o-estado-de-spaulo-e-ao-site-estadaocombr,67545.htm">aqui</a>. </span><span style="font-size:130%;"><br /><br /></span><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" >Alcinéa é apenas mais uma de vários blogueiros que sofrem perseguição por via judicial. Pelo visto, censura no Brasil virou sinônimo de processo. Os que alegam usar os meios legais, usam a desculpa de difamação, dano moral e à imagem. Não admitem de jeito nenhum que seja censura. Imaginem, afinal a reputação deles pesa muito mais do que a nossa. Quem se importa se o povo seja catalogado de 'idiota', 'passivo', 'babaca', 'corno', 'burro', etc. "Ah, é o povo mesmo. Qual é o problema?" Que se danem nossa imagem, os danos que nós fazem, que aliás vão muito além de danos morais... não é?<br /><br /></span><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" >O exemplo mais simbólico da influência da injustiça brasileira, digo <span style="font-style: italic;">justiça</span>, é o caso do blog gaúcho <a href="http://www.novacorja.org/">A Nova Corja</a> que saiu do ar em agosto.<br /><br />No dia 6 de outubro li um <a href="http://idgnow.uol.com.br/internet/2009/10/05/blogueiros-relatam-dificuldades-enfrentadas-no-brasil-por-acoes-na-justica/">artigo</a> na UOL, que menciona </span><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" >as dificuldades enfrentadas pelos blogueiros no Brasil por ações na justiça, citando </span><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" >como exemplo emblemático este caso, retratado dois meses antes no <a href="http://pt.globalvoicesonline.org/2009/08/17/brasil-processos-levam-popular-blog-politico-a-fechar/">GlobalVoices</a>.</span><span style="font-size:130%;"><br /></span><br /><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" >O jornalista </span><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;" >Guilherme Felitti diz</span><span style=";font-family:times new roman;font-size:130%;">:</span><br /><blockquote style="font-weight: bold;font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;">"Criado em 2004, o A Nova Corja acabou em agosto de 2009 em função da rotina atribulada de seus colaboradores, mas o desgaste causado por quatro processos movidos contra o canal apressou o fim.(...)<br /><br />Três dos processos foram movidos por dois jornalistas gaúchos, enquanto o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) </span><span class="link-external" style="font-size:130%;"><a target="_blank" href="http://www.novacorja.org/?page_id=4323">conseguiu liminar</a></span><span style="font-size:130%;"> que exigia que o blog retirasse do ar “dados do empresário que vendeu a casa para a (governadora do Rio Grande do Sul) Yeda Crusius”, com multa diária estipulada em mil reais por desobediência."</span></blockquote><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:times new roman;"><span style="font-family:times new roman;">Ainda</span> que os blogueiros tenham decidido se "render" a imposição da <span style="font-style: italic;">justiça</span>, fica no ar a pergunta que qualquer um de nós simples cidadãos nos perguntamos. Onde está a Justiça que resguarda nosso direito à livre expressão? Onde está ela para nos defender de pessoas públicas que abusam do poder, que estão aí supostamente para servir nossos interesses?</span></span><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:times new roman;"><br /></span></span><p style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;">Nossa <span style="font-style: italic;">justiça</span> é com minúscula. É para alguns poucos apenas. Até quando iremos permitir isso? Blogueiros tem direito, como cidadãos que são, de se expressar. O fato de muitos blogueiros serem jornalistas e outros não, não deveria tirar o direito de expressão. Somos todos responsavéis pelo que dizemos, pelo que fazemos, como indíviduos em uma comunidade. A denúncia a figuras públicas e suas famílias não é motivo para processos por difamação, muito pelo contrário. São eles que devem ficar nervosos, se sentirem ameaçados, pois por causa de acusações e denúncias devem-se abrir inquéritos e investigações sérias.<br /><br />O governo brasileiro falava de leis para regular a Internet na época das eleições. Riem da ignorância do povo. É impossível controlar tudo que há na Net. Porém, devem </span><span style="font-size:130%;">existir códigos de ética </span><span style="font-size:130%;">para os blogs. E já que falamos nesse assunto, devemos salientar a necessidade de proteção para os blogs também. Especialmente àqueles destinados ao jornalismo investigativo e o jornalismo cidadão.<br /></span></p><p style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;">Sem isso, nunca teremos uma sociedade séria. Uma sociedade decente. Precisamos de um sistema de Justiça com maiúscula, que garanta nossos direitos constitucionais. De outra forma, continuaremos a ver casos como este, espalhar-se ainda mais e contagiar até o microblog, Twitter, e redes sociais, como o Orkut, que promete muito debate em época de eleições.</span></p><p style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;">Por essa razão, devemos todos nos unir para denunciar casos de ameaças a jornalistas, blogueiros, cidadãos, independente de sua corrente partidária, pois afinal vivemos em uma democracia, não ditadura, ou não?<br /></span></p><p style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;">_____________________________________________________<br /></span></p><p style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;">Para se informar mais sobre o guial legal que existe nos EUA (extraído do artigo do UOL mencionado acima)</span></p><p style="text-align: left; font-weight: bold;font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;"></span></p><p style="text-align: left; font-weight: bold;font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;"></span></p><blockquote><p style="text-align: left; font-weight: bold;font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;">A Fundação da Fronteira Eletrônica (da sigla em inglês EFF), grupo criado nos Estados Unidos para proteger os direitos digitais dos cidadãos, criou um </span><span class="link-external" style="font-size:130%;"><a target="_blank" href="http://www.eff.org/issues/bloggers/legal">guia legal para blogueiros</a></span><span style="font-size:130%;"> que pode ser usado como base para guiar a publicação de assuntos espinhosos. O documento, porém, é voltado exclusivamente para a legislação norte-americana. O Brasil não tem guia legal semelhante.</span></p><span style="font-weight: bold;font-family:times new roman;font-size:130%;" > No documento, a EFF esclarece questões envolvendo processos por infração de direitos autorais, difamação e divulgação de informações privilegiadas, com tópicos exageradamente básicos que fundamentam todos os principais percalços que blogueiros podem enfrentar durante a atualização de seus blogs.</span></blockquote><span style="font-weight: bold;font-family:times new roman;font-size:85%;" >Fonte: </span><span style="font-size:85%;"> <a href="http://idgnow.uol.com.br/internet/2009/10/05/blogueiros-relatam-dificuldades-enfrentadas-no-brasil-por-acoes-na-justica/">Blogueiros relatam dificuldades enfrentadas por ações na Justiça no Brasil</a> por </span><span style=";font-family:times new roman;font-size:85%;" >Guilherme Felitti</span><span style="font-size:130%;"><span style="font-size:85%;">, UOL</span><br /></span><p style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;"><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=275&pub=latinwriter"><img alt="Bookmark and Share" style="border: 0pt none ;" src="http://s7.addthis.com/static/btn/v2/lg-share-en.gif" height="16" width="150" /><br /></a></span></p>LatinWriterhttp://www.blogger.com/profile/01757937456269750757noreply@blogger.com0